segunda-feira, 31 de agosto de 2009

PARA GOSTAR DE PUNK ROCK: AS MERCENÁRIAS



O rock brasileiro dos anos 80 produziu bandas de todos os tipos, inclusive um dos melhores grupo de punk e pós-punk feminino do planeta, as Mercenárias. Com uma proposta muito ousada para a época, deixaram apenas dois discos, além de uma coletânea lançada no exterior mostrando o respeito que possuem. Uma vida breve, mas importante para as futuras gerações.
Quase dez anos antes de o grupo americano Bikini Kill inaugurar, em 1990, a onda de punk-hardcore feminista, as Mercenárias já haviam sacudido a cena musical brasileira com um som pesado e letras politizadas.
Tudo começou em 1983, com três meninas e um menino. As meninas eram Sandra Coutinho (baixo), Rosália (vocal) e Ana Machado (guitarra), todas estudantes - Rosália fazia Psicologia na PUC e Ana e Sandra estudavam jornalismo, na ECA da USP. Na bateria, acreditem ou não, estava o ainda desconhecido Edgard Scandurra, que dividia seu tempo entre as Mercenárias, Smack e o nascente Ira (sem ponto de exclamação nessa época).
Mas, Edgard, ficou ponto tempo por excesso de bandas - logo depois também sairia do Smack -, entrando Lou em seu lugar. As meninas começaram a se apresentar em pequenas casas de São Paulo chamando a atenção pela força dos temas e pela sonoridade, mesclando o punk de primeira hora dos Sex Pistols, com arranjos que lembravam Siouxsie and the Banshees, Joy Division, Slits, entre outros.
Após muita luta, pouco dinheiro e divulgação, fecham um contrato com a loja Baratos Afins, que lança o primeiro LP das garotas, "Cadê as Armas?"

Mesmo com poucos recursos financeiros, as Mercenárias estrearam com um LP de 10 faixas curtas, urgentes, destacando-se as faixas, a curta e violenta "Polícia" (apesar do nome, não tem nada a ver com a faixa gravada pelos Titãs em Cabeça Dinossauro), Santa Igreja e "Pânico".
Com um disco na praça, a aprovação da crítica e uma ótima presença de palco, as Mercenárias começam a chamar a atenção de grandes gravadoras.
Em 1988, acabam assinando um contrato com a gigante EMI, que lançaria o segundo LP, Trashland.

Apesar de estarem em uma major, a EMI pouco fez pelas meninas, dando o trabalho apenas de lançarem o LP e jogá-lo ao mercado.
Com uma bela capa, feita por Michel Spitale, o disco foi eleito o melhor do ano pela revista BIZZ.
Apesar disso, receberam, meses depois, um telegrama da EMI, avisando que estavam dispensadas, sem dar maiores explicações.
As Mercenárias se separaram em seguida. Rosália, Ana e Lou abandonaram a carreira musical e Sandra acabou se mudando para Berlim, onde ficou anos trabalhando sozinha no meio alternativo alemão com sequenciadores e samplers.
Em 2005, foi editado no exterior, a coletânea O Começo do Fim do Mundo - Beginning of the End of the World: Brasilian Post-Punk 1982-85. O disco reúne as 10 faixas de Cadê as Armas? e mais seis de Trashland.

Após 14 anos fora do Brasil, Sandra voltou ao Brasil e reativou as Mercenárias, que seguem dando shows, com Geórgia Branco na guitarra, Pitchu Ferraz na bateria e a velha amiga Rosália nos vocais.
Apesar de quase 20 anos afastado do público, as Mercenárias conseguem soar atuais e contundentes.


Mercenárias - Cadê as armas(1986)
Download aqui

Mercenárias - Trashland (1988)
Download aqui

Mercenárias - Demo (não se saba a data)
Download aqui

Mercenárias - o começo do fim do mundo (1982-1988)
Donwload aqui

Fonte: Crust-Or-Die

PS.: Quer mais punk? Acesse: www.crust-or-die.blogspot.com

domingo, 30 de agosto de 2009

200 Visitas!!!

Valeu aê a galera que lê e contribue com o fortalecimento desse blog e de nossos ideais.

Muito obrigado mesmo.


Abraços libertários!!!

[A//E]

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

I CONFERÊNCIA LIVRE DE COMUNICAÇÃO




I CONFERÊNCIA LIVRE DE COMUNICAÇÃO
Tema: Território do Recôncavo: Cruz das Almas e Comunicação Alternativa
Data: 31/08/2009
Horário: 8 às 17hs
Local: Teatro Laranjeiras
Entrada Livre
Com Certificado

A partir das 17hs shows com as bandas Reggae Xote Rock Samba no Galope, Exclusos e DJ Kaka.

Realização: Grupo OMNI
Contato: (75) 9144-1419

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

SQUATTS, OCUPA E RESISTE!

SIMBOLO DOS SQUATTS (OCUPAÇÕES)






Squatting (squatar, na versão aportuguesada), segundo a enciclopédia eletrônica Wikipédia, é o ato de ocupar um espaço ou prédio abandonado ou desocupado que não pertence ao indivíduo, não é por ele alugado nem ele tem permissão para usá-lo.


Você deve estar pensando: "Mas espera aí. Isso é invasão..". Pode até ser, mas no Reino Unido, e em Londres especialmente, os squats, como são conhecidas essas propriedades invadidas, representam toda uma cultura e vão muito além de uma simples "invasão". Esses termos acabaram virando uma forma de organizarem baladas abordando o assunto. Mas antes de chegarmos nesse assunto vamos saber um pouco mais sobre a história disso tudo.


Os squats surgiram na década de 60, e, diferentemente de hoje, tinham um significado político muito forte, sendo inclusive considerados resultado de um movimento social de grande importância. O nome squat é uma palavra emprestada do inglês. Seria como uma ocupação usada para moradia, apoiada em alguns países por leis onde é permitido até fazer festas, o que é intrigante. A palavra com o tempo se tornou um sinônimo de liberdade, compaixão e generosidade. Pessoas acabam por acolher umas as outras no movimento.

Os squatts são formados, geralmente, em zonas não atrativas do ponto de vista financeiro, às quais, muitas vezes, corresponde uma desvalorização sócio-cultural da população. Uma situação muitas vezes repetida, que na perspectiva dos squatters representa uma oportunidade para erguer um espaço autônomo, onde habitação e animação social e cultural se congreguem no mesmo sítio.


A crise no setor de moradia, somada a propriedades abandonadas e milhares de pessoas sem-teto, foi a combinação perfeita para o surgimento do movimento. Logo famílias se organizaram, e, como não tinham onde morar, passaram a invadir prédios e casas abandonados, marcavam os locais que passavam com uma logomarca, pixada nas paredes.

A invasão de casas por famílias sem-teto virou notícia em quase todos os jornais do país e acabou recebendo apoio da população.


A partir daí tudo mudou. O movimento squat tornou-se popular, mais e mais pessoas passaram a se utilizar desse método para obter moradia e, devido a isso, foi criada uma lei que garante alguns direitos aos squatters. Apesar de não ser uma atividade ilegal e ser um direito defendido por lei, os squatters podem ser expulsos muito facilmente e a invasão pode até resultar em prisão. É bom lembrar que, de acordo com a lei, apenas cidadãos europeus podem squatar. Brasileiros que forem pegos squatando correm o risco de ser presos ou deportados.


Uma sociedade sem Estado, onde as pessoas possam viver em conjunto sem necessitarem de regulamentos de carácter sansionatório. Onde haja espaço, para além do trabalho, para a cultura e lazer. Onde impere o sentido comunitário. A anarquia, tal como ela deve ser interpretada no melhor sentido. Esta é uma idéia defendida pelos squatters, ou "ocupas". Pessoas que defendem o direito à diferença e o direito a ocupar casas desabitadas ou abandonadas. Uma filosofia alternativa de vida.


Alguns videos sobre squatts:



Agrotóxico – Zona Ocupada

Invadir, ocupar
Resistir, enfrentar
Fazer por nós mesmos
O que ninguém nunca fará

Construir, desbravar
Nos unir, protestar
Não temos tempo a perder
Não temos tempo pra lutar

Refrão:
Cansei de esperar sentado
O dia que nunca vai chegar
A anarquia é sociedade livre
Agora é tempo de ocupar

Sistema autogestivo
Liberdade de expressão
Anarquia e consciência
Liberdade e união

Símbolo de resistência
Forma de libertação
Respeito e livre arbítrio
Cultura de ocupação

Refrão:
Cansei de esperar sentado
O dia que nunca vai chegar
A anarquia é sociedade livre
Agora é tempo de ocupar


Transfer – Okupa Y Resiste

Mírala bien, está abandonada

y ahora mírame a mí, no tengo adonde ir

busco sin parar, un sitio tranquilo

donde descansar y vivir en paz.

Ya me cansé de malvivir,

quiero mi sitio donde dormir

de hoy no pasa lo he de conseguir

vamos "pa" ya somos treinta o más,

patada a la puerta, vamos a entrar

el primer paso está dado ya.

La ostia que bien, hay sitio "pa" todos

y todas también, pero hay que currar

habrá que limpiar; pintar las paredes,

se puede montar hasta barra de bar.

Todo va bien, con responsabilidad

y compañerismo todo funcionará,

pero dicen que esto es ilegal

y me da igual, no lo puedo aceptar,

está abandonado lo vamos a okupar

ya tenemos techo donde estar.

Hemos vuelto a okupar (4 bis)

Palabras extrañas

me dicen que estoy saltando las normas

faltando a la ley, que contracorriente

siempre voy.

Han "llegao" ya, son los maderos nos quieren echar

no nos vamos a dejar, venga aguantar

vamos "chapa" la puerta no les dejes entrar

no nos van a sacar.

Pero al final en la calle otra vez

han usado la fuerza, les respalda el poder

pero no llegan a convencer

hay que esperar otra oportunidad, hay otras

casas "abandonás" al final, tendremos un hogar

Volveremos a okupar (6 bis)



Sin Dios – Casa Okupada, Casa Encantada

Somos los duendes que habitan en las casa abandonadas,
La propiedad privada es un robo, y lo nuestro arte de magia.
Una casa okupada es una casa encantada,
Cuando haya un desalojo, aparecemos en otra.
El hechizo está en hacerlo todo con tus propias manos,
Convirtiendo cuatro muros en espacios liberados.
Una casa okupada es una casa encantada,
Cuando haya un desalojo, aparecemos en otra.
¡¡eh, burgués especulador!! Vigila bien tus propiedades
No sea que cualquier día te encuentres los duendes dentro...
Una casa okupada es una casa encantada,
Cuando haya un desalojo, aparecemos en otra...



segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Dez motivos para não comprar no Carrefour



1. Espanca negro que dirige EcoSport.

2. Discriminou os atores de "Cidade de Deus"...

3. ...mas fez acordo com os traficantes de verdade para "terceirizar" sua segurança.

4. Dizem que agride crianças...

5. ...e também não gosta de homossexuais.

6. Na França, foi flagrado vendendo carne vencida.

7. Comprava roupas de Bangladesh produzidas em condições insalubres.

8. É acusado de matar ladrão de coxinha...

9. ...e de transformar uma barra de cereal em caso de polícia...

10. ...mas já comprou carga roubada dos grandes ladrões.

Fonte: Boteco Sujo

Processo n° 2009.71.00009197-9


DOIS ADVOGADOS GAÚCHOS CONTRA DOIS SENADORES E 3.883 SERVIDORES DO SENADO FEDERAL (07.04.09)



Os advogados gaúchos Irani Mariani e Marco Pollo Giordani ajuizaram, na Justiça Federal, uma ação que pretende discutir as horas extras pagas e não trabalhadas, no Senado, e outras irregularidades que estão sendo cometidas naquela Casa.



A ação tramita na 5a. Vara da Justiça Federal de Porto Alegre e tem como réus a União, os senadores Garibaldi Alves e Efraim Morais e "todos os 3.883 funcionários do Senado Federal, cuja nominata, para serem citados, posteriormente, deverá ser fornecida pelo atual presidente do Senado Federal, senador José Sarney".



O ponto nuclear da ação é que durante o recesso de janeiro deste ano, em que nenhum senador esteve em Brasília, 3,8 mil servidores do Senado, sem exceção, receberam, juntos, R$ 6,2 milhões em horas extras não trabalhadas - segundo a petição inicial.



Os senadores Garibaldi e Efraim são, respectivamente, o ex-presidente e o ex-secretário da Mesa do Senado. Foram eles que autorizaram o pagamento das horas extras por serviços não prestados.



A ação popular também busca "a revisão mensal do valor que cada senador está custando: R$ 16..500,00 (13º, 14º e 15º salários); mais R$ 15.000,00 (verba de gabinete isenta de impostos); mais R$ 3.800,00 de auxílio moradia; mais R$ 8.500,00 de cotas para materiais gráficos; mais R$ 500,00 para telefonia fixa residencial, mais onze assessores parlamentares (ASPONES) com salários a partir de R$ 6.800,00; mais 25 litros/DIA de combustível, com carro e motorista; mais cota de cinco a sete passagens aéreas, ida e volta, para visitar a 'base eleitoral'; mais restituição integral de despesas médicas para si e todos os seus dependentes, sem limite de valor; mais cota de R$ 25.000,00 ao ano para tratamentos odontológicos e psicológicos" .



Esse conjunto de gastos está - segundo os advogados Mariani e Giordani- "impondo ao erário uma despesa anual em todo o Senado, de:

- R$ 406.400.000,00; ou

- R$ 5.017.280,00 para cada senador.



Tais abusos acarretam uma despesa paga pelo suado dinheiro do contribuinte em média de:

- R$ 418.000,00 por mês, como custo de cada senador da República".



Mariani disse ao 'Espaço Vital' que, "como a ação popular também tem motivação pedagógica, estamos trabalhando na divulgação do inteiro teor da petição inicial, para que a população saiba que existem meios legais para se combater a corrupção". Cópia da peça está sendo disponibilizada por este site. A causa será conduzida pela juíza Vânia Hack de Almeida (Proc. nº 2009.71.00.009197- 9)



AÇÃO POPULAR Nº 2009.71.00009197- 9 (RS)

Data de autuação: 31/03/2009

Juiz: Vania Hack de Almeida

Órgão Julgador: JUÍZO FED. DA 05A VF DE PORTO ALEGRE

Órgão Atual: 05a VF DE PORTO ALEGRE

Localizador: GAB03B

Situação: MOVIMENTO-AGUARDA DESPACHO

Valor da causa: R$ 6.200.000, 00

Assuntos:

1. Adicional de horas extras

2. Horas Extras

AUTOR: Advogado: IRANI MARIANI

AUTOR: Advogado: MARCO POLLO GIORDANI



RÉUS:

1 - UNIÃO - ADVOCACIA GERAL DA UNIÃO

2 - GARIBALDI ALVES FILHO

3 - EFRAIM DE ARAUJO MORAIS

4 - FUNCIONARIOS DO SENADO FEDERAL




E-mail que recebi, enviado por Andréia Laurindo.

domingo, 23 de agosto de 2009

Coronelismo no Brasil



O termo coronel no período republicano significava chefe político de um determinado local que geralmente era dono de terras ou comerciante. Da forma com que prestavam serviços ao Poder Executivo os coronéis ganhavam prestígio e força.

O coronelismo foi um período de práticas autoritárias e violentas comandadas pelos coronéis, fato que ocorreu até aproximadamente 1960. Os coronéis controlavam as pessoas da região e as obrigava a realizar fatos e tomar decisões segundo sua vontade. Aproveitavam o fato de que as pessoas eram desinformadas e pouco educadas para motivá-las a fazer segundo o que lhes era proposto. Os coronéis conseguiam formar regimes e tributos em sua região assim como estipular impostos e promover a candidatura de seu elegido. Como possuíam grande quantidade de colonos em suas terras e havia respeito seguido de “medo” por grande parte da população rural da região, os coronéis abusavam do seu prestígio para manipular as pessoas e até obrigá-las sob forma brutal a fazer sua vontade.

Este cenário começou a mudar quando as famílias começaram a migrar para os centros urbanos, o que lhes proporcionou acesso à educação, aos direitos que possuíam e aos meios de comunicação. Por causa dessa migração, os coronéis começaram a impor seus desejos através da força e da ameaça, as famílias obedeciam ao seu desejo com medo da violência que poderiam sofrer e temiam que o seu sustento fosse tomado.

Fonte: História do Mundo

Eu lí direito ou tá escrito 1960? Pensei que era a notícia de hoje.

Emprego sem labuta? Peça o seu aqui!


Tá desempregado ou tem um emprego, mas quer deixar de suar pra conseguir seu croissant de cada dia? Muito fácil! Clique no link abaixo e peça um emprego pro tio Sarney por meio de "atos secretos" e ninguém vai ficar sabendo. Sua moral ficará intacta!

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(#foraSarney)

MINHA LIBERDADE NÃO É UTOPIA


Já estou cansado de ouvir, quando falo sobre anarquismo, que “isso “ é utopia; que nunca será implantado; que é impossível viver numa sociedade assim. Mas nunca apresentam fundamentos. Aí eu lhes pergunto: sua liberdade é utopia? Pois a minha, e a de quem está a minha volta, não; e luto por ela todo dia.
Já postamos aqui no blog a prova de que podemos sim viver numa sociedade anarquista (Christiania, a cidade anarquista) e, ainda há varias comunidades/tribos/aldeias anarquistas (ver: http://pt.wikipedia.org/wiki/Anexo:Lista_de_comunidades_anarquistas).
Não consigo acreditar que, mesmo com todas essas provas, ainda há pessoas que consideram utopia. Mas, o mais triste disso é quando ouvimos de pessoas de dentro do movimento.
Uma sociedade anarquista é uma sociedade livre, cooperativista, auto gestionária, sem preconceitos, autoridade, patrão, estado, sem ser submetido a ordens, explorado, discriminado, subjugado, enfim: uma sociedade evoluída.
Não levanto a bandeira do anarquismo para “alguém” ou para benefício próprio; levanto-a pelo ideal, pela causa, pela justiça, pela igualdade, pela liberdade, não só minha, mas de todos que estão a minha volta, e não faço isso esperando ‘algo’ em troca.
Certa vez conversando, me falaram que não levantam a bandeira do anarquismo porque ‘fulano’ ou ‘cicrano’ vão se beneficiar por isso. E, de imediato, retruquei: você faz isso pensando nos outros? Você faz isso esperando algo em troca? Você vai esperar os outros levantarem pra depois você levantar? Não espere por ninguém, faça você mesmo, faça pelo ideal, faça agora.
O anarquismo só não é aceito por quem está em cima, o egoísta, a classe dominante, quem ta no poder, quem comanda, os burgueses; pois, estando em cima, comandando, dando ordens, comendo do bom e do melhor, vivendo a ‘pão de ló’, caviar e champanhe, não abrirão mão dessas regalias para viver uma vida livre e igual.
Devemos pensar que somos a maioria, enquanto os governantes a minoria. Não devemos nos conformar. Se cada um fizer a sua parte, é possível si o mundo todo melhorar.
Não espero por ninguém. Minha luta é todo dia. Minha liberdade não é utopia. Acredite no ideal, junte-se a nós. Precisamos canalizar nossas forças pra lutar contra estes que estão no poder. E derrubá-los.




Só postei, o texto é de Claudio Azevedo, o outro autor do Blog.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

AO MEU IRMÃO






Sexta-feira, dia 21 de agosto de 2009, nasce o sol mais uma vez, e com certeza esse brilhou mais do que o 2 de julho. Hoje é um dia especial, uma data especial. O sol brilhou mais hoje, me acordou cedo, acho que porque é aniversário de um amigo, amigo não, irmão.

Quero que saiba que representa muito na minha vida e que foi um prazer imenso te conhecer.

Que nesse dia tão especial você seja feliz, aliás, não só nesse dia como em todos os outros dias de sua vida.
Que seus sonhos, planos e metas sejam alcançados.
Que continue com essa garra, força, pelo movimento
Que nunca deixe a bandeira cair.
Que seja livre, sempre!
Espero que nossa amizade/irmandade dure por muito tempo.
Que possamos comemorar muitos aniversários (meus e seus).
Que possamos sorrir juntos.
Que continuemos nessa luta por uma sociedade livre.


Continuemos na luta, continuemos lutando!
Vamos viver só de amor.

Lucas, parabéns e muito obrigado por tudo.
Te amo, cara.


P.S.: Coloquei algumas, das muitas, fotos que estamos juntos e que representou muito pra mim.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

A DECEPÇÃO OBAMA


The Obama Deception é um filme que destrói completamente o mito de que Barack Obama está trabalhando pelos melhores interesses do povo americano.
Este documentário mostra: para quem Obama trabalha, as mentiras que ele diz, e sua verdadeira agenda...
Decepção, fraude, engano, desilusão, são tudo sinónimos de ‘deception’ e são tudo sinônimos de Obama!
Da autoria de Alex Jones chega 'The Obama Deception', um documentário impressionante, no mínimo, que expõe, logo após dois meses do mandato da nova administração Americana, as mentiras e falsidades que têm, uma vez mais, vindo a ser perpetuadas.
O Presidente Obama surgiu como um messias, um salvador, que iria dar a América aquilo que o Bush não deu: estabilidade econômica, segurança social, poder no povo. Mas será mesmo? Afinal de contas, até agora o que é que o Mr. Obama logrou fazer para além de desmentir e contrariar tudo o que prometera?
Não será já demasiado óbvio para não se ver? Obama surgiu agora como o salvador, quando falhar e estiver derrotado, o que surgirá a seguir? A 'Nova Ordem Mundial' para nos salvar? "A 'Nova Ordem Mundial' não é mais do que um eufemismo para 'Império Anglo-Americano', ou seja, o domínio planetário por Londres e Washington" – Webster Tarpley.
Claro que a este nível estamos a falar de Banqueiros! Esse será o império, um império criado da dívida, dos impostos, um mundo inteiro a trabalhar para gerar a um punhado uma infinita riqueza. Assim poderão, algumas famílias, perpetuar vidas divinas na Terra.
Apelo uma vez mais para que pesquisem por vocês. Para que não deixem estes assuntos passar-vos ao lado. O que se passa na América é o que se passa no mundo. Não está assim tão longe, na cimeira do G20 já foram lançados alguns destes assuntos. Está na altura de repensarmos toda a nossa estrutura de valores e ideologias. Está na altura de nos confrontarmos com as impossibilidades. Está na altura de repensarmo-nos a nós e à nossa sociedade.
Ao apresentar este filme fui confrontado com a típica pergunta: "até que ponto isto é credível?". A resposta a esta pergunta está em cada um de vocês. Pesquisem por vocês, vejam o que acontece à vossa volta.



Screens: http://i31.tinypic.com/r7rqzo.jpg
Filme: http://www.megaupload.com/?d=JGQNSH9J
Legenda: http://www.zshare.net/download/6236016512a46939/

P.S.: Para assistir o filme com legenda basta colocar o nome da legenda o mesmo nome do filme, com o final .srt

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Ditadura + Capitalismo = Tragédia Ambiental





Há tempos atrás, Manaus e sua região metropolitana era abastecida de energia provenientes de termoelétricas que queimavam petróleo. O aumento dos preços do petróleo, a partir de 1973, levou a ditadura a optar pela construção de uma usina hidrelétrica capaz de suprir Manaus e substituir as termoelétricas. O local escolhido para a nova usina, chamada Balbina, foi o Rio Uatumã, no meio da floresta amazônica. Ou seja, alguns, numa analise superficial, pode até apoiar a troca de termoelétricas por uma hidroelétrica, mas vemos que essa troca não foi pelo favorecimento da natureza e sim da diminuição de custos. Falando em natureza, ela foi totalmente rejeitada já que desde o início desse projeto, muitos cientistas reclamaram, mostrando os erros, mas foram ignorados pela ditadura. Quando a usina entrou em funcionamento parcial, em 1988, até mesmo o governo reconheceu que ela é uma verdadeira tragédia. Lógico que pensaram pelo lado do capital, já que o custo da energia que ela produz é altíssimo. Acontece que o rio Uatumã é pequeno e tem pouca água, e por isso, a quantidade de energia consumiu muito dinheiro... Balbina é uma tragédia econômica.

Balbina também é uma tragédia ecológica, pois destruiu uma área enorme de floresta, destruindo milhões de árvores. Acontece que o rio Uatumã está localizado em região de relevo quase plano, e, por isso, a represa criada pela barragem inundou um espaço exagerado. Não foi só a floresta que se perdeu, mas também muitas espécies animais que habitavam aquele meio ecológico. Como não foi removida as árvores do local que seria inundado, lá hoje é o cemitério dessa vegetação. Além disso, com a decomposição dessas, é enviado um número de carbono semelhante ao impacto de 4 termoelétricas do tipo que estava instalada naquele local.

Finalmente, Balbina é uma tragédia social que prejudicou os habitantes da região. Uma parte da sua enorme represa inundou terras de caça e moradia dos índios. Além disso, os peixes desapareceram do rio, no trecho abaixo da barragem, pois a decomposição dos vegetais afogados pela represa tornou a água ácida e poluída. Os habitantes das margens do rio, que usavam os peixes como fonte de alimentação, estão se mudando para outros lugares.

Essa decisão do governo só tem um nome: BURRICE




Mapa da região afetada, clique aqui.

domingo, 16 de agosto de 2009

OS ARENISTAS DO GOVERNO LULA


O PT é “considerado” devido ser um partido de esquerda, que sempre apoiou as lutas, os movimentos sociais, as revoluções e também por ser um ‘partido de base’. Surgiu da classe trabalhadora, da classe baixa. Contudo, hoje em dia o que vemos (na política) são partidos vendidos, partidos que não se orgulham do seu passado e o esquecem, se apoiando até com os antigos inimigos. Falo isso porque o que vemos hoje no governo Lula são arenistas (pessoas que formaram um partido anti-comunismo, anti-anarquismo, nacionalista). Isso tudo é jogada política, troca de favores, o capital domina! E o “socialismo” que o tal PT diz que prega, não existe. Como sempre aquela mesma ladainha: quem está por cima sobe e quem está por baixo (a base do Partido) desce. Pessoas que ajudaram a ‘levantar’ o PT hoje não tem nada, enquanto os arenistas que lutaram contra os ‘esquerdistas’ e todos que fossem contra a ditadura continuam subindo. A seguir colocarei alguns depoimentos de arenistas e dados sobre os que estão no primeiro escalão do governo Lula.

“Revolucionário de 64, ingressei na Arena não apenas por ser o partido da revolução, mas sim porque sempre fui contra o comunismo, a anarquia e a corrupção, razão pela qual consenti que minha esposa saísse em companhia de minhas cunhadas na passeata que deu início à revolução de 64, ‘COM DEUS PÁTRIA E FAMÍLIA’”. A carta acima foi enviada ao Diretório Nacional da Arena, e faz parte de um acervo doado ao Centro de Pesquisa e Documentação da Fundação Getulio Vargas (CPDOC/FGV) depois que o partido foi extinto, em 1980, por decisão de seu último presidente, José Sarney.

A julgar pela má fama atual, a Arena era um partido de fantasmas. Hoje ninguém se orgulha de ter pertencido à legenda governista durante o período militar, mas naquele tempo a coisa era bem diferente.
“Quem vos fala é um arenista de coração e de alma, que não quer vê-la derrubada, e que também é um udenista por tradição de família, e que ama também a nossa Gloriosa Revolução de 31 de março de 1964”, diz uma das cartas, referindo-se à União Democrática Nacional (UDN), fundada em 1945 e principal partido de oposição a Getulio Vargas. Ao lembrar esse passado comum, a intenção é buscar a cumplicidade das lideranças nacionais que vieram dos antigos partidos: “Venho à presença de Vossa Excelência, na qualidade de cidadão filiado à Arena desde a sua fundação e velho militante do extinto PSD…”, apresenta-se outro, este herdeiro do Partido Social Democrático, também fundado em 1945 e também extinto em 1965.
Com freqüência, os remetentes louvam seu passado anticomunista. Um relato vindo de Londrina narra com orgulho um conflito ocorrido em 1955: “no sábado, véspera de tais concentrações, era aniversário de Prestes, e na calada da noite hastearam uma enorme Bandeira Russa, bem no centro da cidade, no mastro do altar da Pátria, onde se hasteia o Pavilhão Sagrado. Ali mesmo queimei aquele Pano Vermelho nojento”. Em anos eleitorais, chegavam denúncias aos adversários do MDB. Um arenista de Guarulhos (SP) acusa o partido de oposição de “cabide de comunistas”; outro, de Cruz Alta (RS), envia uma “denúncia de infiltração comunista no MDB”.
Muitos arenistas apoiavam a continuidade da ditadura. O argumento mais comum era justamente o possível retorno da situação anterior a 1964. Havia o temor de que lideranças do extinto Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), como o ex-governador do Rio Grande do Sul Leonel Brizola (1922-2004) e o presidente deposto João Goulart, retornassem ao jogo eleitoral com grande capacidade de mobilização: “… ainda temos, infelizmente, nas sombras, os Jangos, os Brizolas, na espreita de novas derribadas”; “O revanchismo está na mira dos Brizolas, Arraes”. Outros defendiam abertamente a mais autoritária intervenção do regime: o AI-5, que em dezembro de 1968 fechou o Congresso e deu poderes excepcionais ao presidente da República. “Que o AI-5 não seja nunca abolido”. De Araçatuba (SP), em novembro de 1977, um correligionário escrevia: “Agora o Exército fez uma Revolução forçada pelo povo, e vai deixar tudo como estava? Ajude o presidente Geisel para que não cometa o crime de perder mais esta REVOLUÇÃO que o povo quis e apóia…”.

Resumamos a ficha corrida dos Arenistas de Lula no primeiro nível:

José Múcio Monteiro (de Pernambuco), o ministro da Secretaria de Relações Institucionais, com passado no antigo PDS, depois no PFL e PSDB, “migrando” para um partido da base aliada, o PTB, no primeiro ano de governo de Lula. Além de ministro da pasta é deputado federal pela lenda de Roberto Jefferson e do ex-presidente Fernando Collor de Mello.

Jorge Hage (da Bahia), o ministro chefe da Controladoria Geral da União (CGU) escondeu em seu currículo que foi prefeito de Salvador pela ARENA (1975-1977), quando durante a AI-5, os prefeitos de capitais e áreas de segurança nacional eram nomeados pela ditadura. Após passar um período apoiando os militares, teve passagem pelo PSDB e o PDT, feito este que esconde até em seu orgulhoso currículo de jurista e professor universitário.

Alfredo Nascimento (do Amazonas) ministro dos Transportes tem formação militar, como sargento especialista da Força Aérea, onde ingressou em 1972, em pleno AI-5. Está licenciado do cargo de senador pelo PR (Partido da República) do Amazonas. Coleciona acusações de crimes eleitorais e de improbidade administrativa.

Edison Lobão
(do Maranhão), ministro das Minas e Energia, senador licenciado do cargo pelo PMDB de José Sarney. Lobão foi da ARENA, assessorou ministérios durante a ditadura, tendo sido após deputado federal pela ARENA, PDS e após ingressou no PFL. Lobão chegou a ser eleito senador maranhense pelos Democratas, mas atendeu às conveniências e negociações vindas de seu estado, migrando assim para o PMDB em 2008.

Hélio Costa (das Minas Gerais), ministro das Comunicações, sempre concorreu pelo PMDB, mas tem trajetória anterior. Além de ser ex-funcionário da Rede Globo e dono de emissora de rádio, Costa trabalhou para a Voice of America (Voz da América) em plena ditadura militar, período das chamadas Fronteiras Ideológicas. Depois na seqüência, implantou o Balão nos EUA. Ajudou assim, diretamente, os interesses yankees e no apoio de Washington aos regimes militares.

Márcio Fortes (do Rio de Janeiro), ministro das Cidades, é homem do PP de Paulo Salim Maluf e teve carreira como tecnocrata a serviço de ministérios militares. Por exemplo, ele escrevia parte das mensagens presidenciais ao Congresso Nacional durante os anos de 1967 e 1969, justo quando os militares fecharam o Legislativo. Fortes trabalhou durante todo o Governo Médici (o mais sangrento da ditadura) como Chefe do Gabinete do então Ministro da Indústria e Comércio Pratini de Moraes, latifundiário gaúcho (rio-grandense) até hoje o ativo.

Geddel Vieira Lima (da Bahia), ministro da Integração Nacional, homem com passado na ARENA baiana, chamado carlista genérico. É um mais que esconde seu passado no PDS (a sigla partidária que sucedeu à ARENA), quando operou como presidente do Banco do Estado da Bahia (Baneb) no governo de João Durval Carneiro, homem de confiança de Antônio Carlos Magalhães. Antes atuou como dublê de “aspone” de políticos profissionais que apoiavam o regime militar, entre 1979 e 1981.

Reinhold Stephanes (de Paraná), ministro da Agricultura e do Latifúndio, está no PMDB como a maioria dos arenistas travestidos. Tem em seu currículo o cargo de deputado federal tanto pela AREIA como posteriormente pelo PDS. Foi ministro da Providência tanto no governo do presidente cassado Fernando Collor e como acrobata político, retornou à areia nos 8 anos de Fernando Henrique Cardoso.

Além destes, ainda conta o governo do ex-sindicalista Lula com os caciques políticos no Congresso e com maioria no Supremo (STF). Vamos ver aqui estas bases políticas.

Gilmar Mendes (de Mato Grosso), o atual presidente do STF, tem passado como promotor da república e foi alçado à cena política pelas mãos de Collor. O equilibrista trabalhou tanto na Presidência da República na era Collor (de 1990 a 1992), como foi assessor jurídico da revisão constituinte, além de ocupar cargos no governo FHC, como o de Advogado Geral da União (na AGU). Foi o próprio Fernando Henrique quem o indicou para o Supremo em 2002, chegando a presidente da Suprema Corte país em abril de 2008.

José Sarney (de Maranhão e Amapá), o senador pelo estado do Amapá, agora no PMDB, já foi governador do Maranhão e presidente da república, quando assumiu no lugar do finado Tancredo Neves. Sarney era o homem do PFL, fratura do PDS para compor a então chamada Aliança Democrática. Seu governo durou 5 anos passando a bengala para outro arenista. Caracteriza-se por ser o craque da politicagem, dominando como ninguém os esquemas e negociações político-empresariais, tanto em Brasília como nos currais eleitorais.

Fernando Collor de Mello (de Alagoas), senador pelo PTB, o ex-presidente cassado e depois julgado “inocente” pelo Supremo é da base de apoio de Lula. O ex-arenista foi o candidato da Rede Globo e dos capitais multinacionais quando correu contra o próprio Lula em 1989. Derrotou-o por pequena margem de votos, em um segundo turno mais que suspeito. Representa o pior da política brasileira, juntamente com seu fiel amigo, Renan Calheiros.

Renan Calheiros (de Alagoas), senador pelo PMDB, já fez e foi de tudo na vida política, talvez falte apenas ser um tribuno respeitável. É bom recordar que Renan, dentre outras façanhas, além de pagar pensão para seu ex-amante com dinheiro de empresas de construção civil, foi ministro da Justiça de FHC, acumulando um histórico de escândalos e negociatas políticas de grande envergadura – como na Gestão Chelotti à frente da PF. É outro que joga o jogo de Sarney, apoiando Lula e tirando benefícios para causa própria.

Romero Jucá (de Roraima), o senador pelo PMDB de Roraima, atual líder do governo Lula em Senado presidido por seu cacique político José Sarney, tem trajetória no PFL antes passando pela ARENA. Equilibrista, Jucá foi líder interino de FHC, no final de seu governo, quando então ainda era do PSDB.

Roseana Sarney (do Maranhão), a filha de José Sarney foi líder do governo no Congresso até faz pouco. Uma transação com o Supremo Tribunal Eleitoral (STE) sacou o governador – acusado de corrupção Jackson Lago (PDT) do governo do Maranhão - e passou o poder para a filha do político mais poderoso do Brasil. Lula prometeu uma refinaria de Petrobrás nesse estado. A troca vai ser o apoio eleitoral em 2010. Até assumir o poder estadual sem ganhar a eleição, Roseana foi a senadora pelo PMDB maranhense, mas tem toda sua trajetória ligada ao PFL, antes ao PDS e na própria ARENA. Roseana quase foi candidata ao cargo que pertence a Lula, quando no início da corrida presidencial de 2002 a empresa de seu marido foi alvo de uma operação da Polícia Federal – articulada por José Serra, então candidato a candidato pelo partido PSDB, de FHC – e que terminou apreendendo mais de R$ 1 milhão e 300 mil reais em dinheiro vivo e sem procedência. O fato policial ficou como um contumaz fato político, uma vez a caixa 2, de dinheiro de origem não declarada, recursos que poderiam alimentar sua campanha política. O dinheiro exposto em cima da mesa foi a lápide da campanha moribunda. Com a derrota pontual, Roseana liberou a área e o então PFL (hoje Democratas) não apresentou candidato.

Romeu Tuma
(de São Paulo), senador atualmente no PTB-SP, é base de apoio ao governo Lula em Senado. Ingressou na Polícia Civil de São Paulo em 1951 como investigador de polícia, passando a comissário em 1967. Tuma foi um dos policiais com maior atuação no combate à guerrilha, trabalhando na repressão política e social desde 1957. Como prêmio, o transferem para a Polícia Federal, Superintendência de São Paulo, em 1983. Esconde o passado de repressor do currículo. Curiosidade macabra, Tuma chegou a prender o próprio Lula quando este era dirigente sindical.

Antônio Delfim Netto (de São Paulo), concluiu sua carreira política pelo PMDB, mas tem toda sua trajetória vinculada aos partidos de sustentação da ditadura (ARENA e PDS). Exerce a função – informal – de “conselheiro econômico” de Lula. Delfim foi ministro da Fazenda de Costa e Silva e Médici, e com Figueiredo foi ministro do Planejamento e depois da Agricultura. É autor, dentre outras pérolas de triste memória, da frase “aumentar o bolo para depois repartir” e da hiper desvalorização do cruzeiro (então a moeda nacional) em 1983. Com essa medida, o braço econômico da tortura enterrou o “Milagre Brasileiro” o qual foi um dos inventores ao custo de dívida externa e crimes de lesa humanidade.

Lula sabe o que faz. Certa vez afirmou em alto e bom tom: “Eu nunca fui de esquerda”. É a mais pura verdade, nunca foi!

Adaptado de: http://www.estrategiaeanalise.com.br/imprimir.php?idsecao=e8f5052b88f4fae04d7907bf58ac7778&&idtitulo=3de43bcf9709d8150fc2d1ee8afe0296

http://maniadehistoria.wordpress.com/arenista-gracas-a-deus/

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Termoelétrica em Sapeaçu - Uma Vergonha




Está em construção, na cidade de Sapeaçu, uma termoelétrica movida a óleo pesado. O professor Sivanildo, PHD em Química pela USP, denunciou o fato de que o combustível utilizado pela termoelétrica em questão seria um produto altamente poluidor. Segundo Sivanildo, toda a região do recôncavo, num raio de oitenta quilômetros, está ameaçada.
Imaginem cidades como Cruz das Almas, Sapeaçu, Governador Mangabeira, Muritiba, Castro Alves, Dom Macedo Costa, Conceição do Almeida, São Felipe e muitas outras, que sobrevivem das atividades agropecuárias, terão um solo poluído, produtos contaminados. Quem irá comprar os produtos dessa região? Como essas pessoas sobreviverão? Como ficará a feira-livre dessas cidades?
Cidades que nem possuem centros industriais, num futuro muito próximo, terão a presença de chuva ácida, fenômeno existente apenas em áreas extremamente poluídas.
Sem falar nos graves problemas de saúde que a população dessas cidades irá apresentar em índices elevados, como o Câncer.
Eles dizem que essa usina vai gerar energia para a nossa região. Pura mentira: essa usina irá gerar energia para o sul e sudeste, mas por que ela veio se instalar na cidade de Sapeaçu? Pensem nisso!
Eles dizem que a termoelétrica vai gerar empregos. Pura mentira: quando estiver em funcionamento esta usina terá menos de 30 funcionários, vindos de outros estados.
Tudo isso só irá acontecer se a população do Recôncavo permitir a implantação dessa usina.
Por isso procure ajudar de alguma forma. Divulgue, vá para as manifestações. Não é só a população de Sapeaçu que vai sofrer as conseqüências negativas dessa usina.
O povo de Sapeaçu e o povo do Recôncavo Baiano PEDE SOCORRO!

DIGA NÃO À CONSTRUÇÃO DA TERMOELÉTRICA EM SAPEAÇU.


(Anarcopunks unidos contra a implantação da termoelétrica)


P.s.: Lembramos que não estamos contra, somente, a implantação da usina na cidade de Sapeaçu. Estamos contra a implantação da mesma em qualquer lugar!

Christiania, a cidade anarquista




A Lenda da Liberdade no coração gelado do capitalismo europeu: na fria Copenhagen, Dinamarca, uma comunidade de dez mil pessoas vive num outro compasso. Christiania não tem prefeito, não tem eleição e funciona sem governo, sem imposição de leis que controlem a organização social. A lenda da cidade-livre da Dinamarca é real: inspirada no Anarquismo, Christiania resiste há mais de 20 anos, inventando um jeito novo de conviver com os problemas da vida comunitária. Limpeza das ruas, rede de esgoto, manutenção dos serviços básicos, tudo é decidido e feito a partir de reuniões entre os moradores da cidade. Eles se definem como uma comunidade ecologicamente orientada, com uma economia discreta e muita autogestão, sem hierarquia estabelecida e o máximo de liberdade e poder para o indivíduo. Uma verdadeira democracia popular direta, onde o bom senso e o diálogo substituem as leis. No Brasil, poucos conhecem a história da cidade-livre.

Christiania começou a escrever sua história em 1971. Foi a partir das idéias de um jornal alternativo, o Head Magazine, que um grupo de pessoas, de idades e classes sociais variadas, decidiu ocupar os barracos de uma área militar desativada na periferia de Copenhagen. Era o início de uma luta incansável contra o Estado. A polícia tentou várias vezes expulsar os invasores da área, mas sem sucesso. Christiania virou um problema político, sendo discutida no parlamento dinamarquês.

A primeira vitória veio com o reconhecimento da cidade-livre como um “experimento social”, em troca do pagamento das contas de luz e água, até então a cargo dos militares, proprietários da área. O Parlamento decidiu que o experimento Christiania continuaria até a conclusão de um concurso público destinado a encontrar usos para a área ocupada.

Em 73 houve troca de governo na Dinamarca e a situação de radicalizou: o plano agora era expulsar todos e fechar o local. O governo decretou que a área seria esvaziada até o dia 1º de abril de 1976. Na última hora, o Parlamento decidiu adiar o fechamento de Christiania. A população da cidade-livre tinha se mobilizado para o confronto com o Estado, mas a guerra não aconteceu. O dia 1º de abril tornou-se o dia de uma grande manifestação da Dinamarca Alternativa.

Ao longo dos anos, a cidade-livre aprimorou sua autogestão: casa comunitária de banhos, creche e jardim de infância, coleta e reciclagem de lixo; equipes de ferreiros para fazer aquecedores a lenha de barris velhos, lojas e fábricas comunitárias de bicicletas. A década de 80 foi marcada pelas drogas. Em 82, o governo começou uma campanha difamatória contra Christiania: a cidade-livre era considerada o centro das drogas do Norte da Europa e a raiz de muitos males.

A comunidade teve então que organizar programas de recuperação de drogados e expulsar comerciantes de drogas pesadas, como a heroína. O mercado de haxixe continua funcionando normalmente. O governo dinamarquês nunca deixou Christiania em paz, vários planos foram elaborados visando a “normalização e legalização” da área.

Em janeiro de 92, finalmente um acordo foi assinado. Christiania já tinha mais de vinte anos de independência e provara ao mundo que é possível viver em liberdade. Mesmo com o acordo, o governo ainda tenta controlar a cidade-livre. A resposta veio no ano passado, com o lançamento do Plano Verde, onde os moradores de Christiania expressam sua visão de futuro e que
rumos tomar. A lenda de Christiania continua sendo escrita.

Christiania tem provado ao mundo que é possível viver numa sociedade sem autoridade constituída, sem delegação de poder através de mandatos e eleições. A cidade-livre da Dinamarca criou um experimento social definitivo contra a idéia dominante de que a humanidade se autodestruirá se não existir um controle sobre a liberdade individual. Os habitantes de Christiania decidiram correr o risco de andar na contramão da história. Para eles, o governo, seja lá qual for, e seus mecanismos de administração pública são sinônimos de burocracia, abuso de poder e corrupção.

Vivendo sem a necessidade de leis que controlem a organização social, cada morador da cidade livre tem que fazer sua parte enquanto cidadão e confiar que todos farão o mesmo. É uma nova ética de convivência, baseada na honestidade e na solidariedade. Em 23 anos de existência, a cidade-livre sempre esteve associada a rebelião contra a ordem estabelecida e experimentando novos meios de democracia e formas de autogestão da administração pública.

Christiania se organiza em vários conselhos, onde todos os moradores têm direito a opinar e discutir os problemas comunitários. As decisões não são feitas por votação, mas sim através do consenso. Isso significa que não é a maioria que decide e sim que todos tem que estar de acordo com as decisões tomadas nas reuniões. Às vezes, contam-se os votos somente para se ter uma idéia mais clara das opiniões, mas essas votações não tem nenhum significado deliberativo, não contam como uma solução para os problemas da comunidade.

Christiania é dividida em 12 áreas, cada uma administrada pelos seus moradores, para facilitar o funcionamento dos serviços básicos. As decisões tomadas sempre por consenso podem parecer difíceis para nós, brasileiros acostumados ao poder da maioria sobre a minoria (pelo menos, é assim que se justificam os defensores das eleições). Mas para os habitantes da cidade-livre, o consenso só é impossível quando existe autoritarismo, quando alguém tenta impor uma opinião sem dar abertura para que outras idéias apareçam e até prevaleçam como melhor solução.

A experiência tem ensinado aos moradores de Christiania que cada reunião deve discutir só um assunto, principalmente na Reunião Comum, que decide sobre os problemas mais importantes da comunidade. E, contrariando o pessimismo dos que não conseguem imaginar uma vida sem governo institucional, a utopia está dando certo: a vida comunitária de Christiania preserva a liberdade individual e constrói uma eficiente dinâmica de relacionamento social, livre do autoritarismo e da submissão. A cidade-livre vive o anarquismo aqui e agora.

Os moradores da Christiania fazem questão de ser uma pedra no sapato do capitalismo. Eles não se contentam apenas em incomodar os valores tradicionais da sociedade européia com a vida alternativa que levam. Christiania também desenvolve várias atividades com o objetivo de contestar o sistema capitalista e divulgar as idéias anarquistas. Durante os primeiros anos, a cidade-livre se tornou conhecida por suas ações no teatro e na política. E quem conseguiu maior sucesso nessa área foi o grupo Solvognen.

Uma de suas ações diretas mais famosas foi em 1973, quando a OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte), uma espécie de braço armado dos Estados Unidos na Europa, realizou um encontro de cúpula em Copenhagen. Inspirados no programa de rádio “Guerra dos Mundos” de Orson Welles, que simulou uma invasão de marcianos colocando em pânico a população norte-americana na década de 40, centenas de pessoas, lideradas pelo grupo de teatro de Christiania, fizeram parecer que um exército da OTAN tinha ocupado a Rádio Dinamarca e outros pontos estratégicos da cidade. A impressão que se tinha era que a Dinamarca estava ocupada por forças estrangeiras. Durante várias horas, o país inteiro ficou em dúvida se a invasão era teatro ou realidade. A ação foi uma dura crítica à intervenção dos Estados Unidos na vida dos países europeus.

O Solvognen também usou a criatividade para contestar o comércio da maior festa do cristianismo. Em 1974, o grupo organizou o primeiro Natal dos Pobres da Dinamarca. Milhares de presentes foram distribuídos por um batalhão de Papai Noéis. Detalhe: os presentes eram artigos roubados das lojas de Copenhagen. Resultado: foram todos presos, mas o escândalo ganhou as manchetes dos principais jornais da Europa, com fotos de dezenas de Papais Noéis sendo carregados pela polícia. Até hoje o Natal dos Pobres continua sendo organizado como uma tradição e todo ano aproximadamente 2 mil pessoas recebem uma grande ceia em Christiania.

Fontes:

http://somaterapia.com.br/pa_textos_interna.jsp?not_cd=7

http://www.emcrise.com.br/reportagem/reportchristiania.htm

http://www.christiania.org

OS DEZ PRINCIPIOS DO ANARQUISMO




  1. AUTONOMIA: Esta é a condição indispensável para obter-se a liberdade individual/coletiva. Significa o respeito às decisões, vontades, e opiniões do indivíduo em relação ao grupo e vice-versa. Por exemplo: caso um grupo decida em prol de determinada ação, os membros discordantes não ficam obrigados a participar da mesma. Para isso não devem haver relações de dependência que impeçam as pessoas de se posicionarem livremente.


  2. APOIO MÚTUO: É a ajuda entre seres de uma organização social onde as partes interagem, auxiliando-se e fortalecendo-se. Tal prática não permite disputas, que são fundamentadas no princípio irracional de superioridade entre seres, sendo destrutivo para o convívio humano. Nossa proposta é somar forças para alcançar uma melhor qualidade de vida para todos.


  3. AUTOGESTÃO: A autogestão é por princípio, a comunidade cuidando diretamente de seus próprios deveres e interesses. Para que ela aconteça terá de haver ampla liberdade de organização sem leis cerceantes e hierarquias. Por este simples fato os partidos políticos e legisladores tornam-se desnecessários. Afinal se as pessoas tomam para si as responsabilidades de gerenciamento de suas vidas, os representantes profissionais e demais poderes são completamente inúteis.


  4. INTERNACIONALISMO: Não deveriam existir fronteiras. Não deveriam existir nacionalidades. Patriotismo é um sentimento mesquinho que só faz acontecer guerras inúteis e acirrar a raiva entre os povos. A luta pela liberdade passa pela derrubada do capital, que explora e oprime em todo o globo. Ao invés do estado nação, defendemos a autodeterminação dos povos. Somos internacionalistas, pois nossa ação é revolucionária e acontece em todos os lugares do planeta.


  5. ANTIMILITARISMO: Dentro da instituição militar impera o autoritarismo a partir de um complexo esquema de hierarquia de poder. Qualquer tipo de autoritarismo é inválido! Por quê um é melhor que o outro? Porque é mais velho? Porque tem mais medalhas no peito? Todos são iguais! Uns podem deter mais experiência, pois então que passem para os outros! O respeito virá naturalmente! Criar um sistema hierárquico por via de medalhas e impô-lo a todos é artificial! Abaixo o autoritarismo!


  6. AÇÃO DIRETA: A ação direta é o princípio onde você faz e decide diretamente tudo o que lhe diz respeito, em oposição a idéia de representação. O indivíduo por ser único é impossível de ser representado. Quando os movimentos sociais passam a agir e não somente reagir ao sistema, pacífica ou violentamente se faz chamar de ação direta, a maturidade de uma organização, a essência da atual libertária e a única maneira de trilhar um caminho contínuo para a revolução social.


  7. AUTO DEFESA: Um princípio libertário que propõe a defesa do indivíduo e/ou coletivo, para garantir sua sobrevivência contra forças opressoras da reação. Temos de nos defender do sistema e derrubá-lo, a liberdade não é negociada, nem barganhada, mas sim conquistada. Não se pode "confiar na polícia" e muito menos fazer-nos de vítimas indefesas do sistema. A característica ácrata é a ética e dignidade, "É melhor morrer de pé do que viver de joelho", a autodefesa acompanha toda a atuação anarquista.


  8. VIVER A VIDA: Fazer a sua parte não é encarar o mundo sob uma visão pessimista. Mesmo sabendo que o mundo é cruel, temos de saber que não podemos mudá-lo de uma hora para outra. Por isso, antes de desistir, desacreditar-se, dar um tiro na cabeça ou tomar qualquer outra atitude assassina-suicída, é necessário encarar a realidade, sabendo que, com pequenas atitudes e esforços, conseguimos mudar a cena.


  9. INDIVIDUALISMO: Individualismo não é, como a maioria faz crer, uma forma de egoísmo, e sim uma valorização do indivíduo, do individual. Um individualista é único, incopiável, livre e incensurável. "Até onde começa a liberdade do próximo." Todos somos únicos. Até o mais alienado dos humanos tem uma qualidade, uma peculiaridade a mais ou a menos pelo menos. Tais qualidades não significam que há melhores e piores, e sim que somos todos diferentes, únicos. Massificar, exigir de todos o mesmo comportamento e rendimento é um atentado à vida, tão vil quanto julgar-se individualista pelo cruel ato de pensar no seu próprio umbigo apenas, mesmo que, para isso, tenha de atropelar, pisar, esmagar e ignorar aos demais.


  10. APARTIDARISMO: Eleições criam ilusões e desviam energias da luta direta contra o Estado e o capital, deixando desarmado os trabalhadores. Em 1970 os Chilenos acreditaram que se acabaria com o capitalismo elegendo um presidente socialista, em 1973 os militares rasgaram a constituição e instalaram a sanguinolenta ditadura de Pinochet. Em 1964 por muito menos os militares brasileiros rasgaram a constituição e apearam Jango do poder. Por tanto não será elegendo um operário, um democrata ou um socialista que sairemos desse pesadelo. Aqui e agora, no seu bairro, no seu local de trabalho na sua família, na sua escola lutando junto aos seus companheiros pela liberdade e para romper as estruturas autoritárias da sociedade, devemos lutar para cotidianizar a revolução e revolucionar o cotidiano.

FONTE: http://the.natxos.vilabol.uol.com.br/principios.htm