segunda-feira, 23 de maio de 2011

Polícia agride repórter e manifestantes na Marcha da Maconha em SP

Com balas de borracha e bombas de efeito moral, a Polícia Militar perseguiu por 3 km cerca de 700 pessoas que protestavam contra a proibição da Marcha da Maconha na tarde deste sábado (21) em São Paulo.

Durante a cobertura do protesto, o repórter da TV Folha Felix Lima foi agredido e teve seu equipamento danificado pela Guarda Civil Metropolitana.

Apesar de estar identificado com crachá, Lima recebeu um jato de spray de pimenta em seu rosto e na lente do equipamento.

A avenida Paulista e a rua da Consolação foram tomadas pelos manifestantes, pela PM e pela fumaça das bombas, que irrita os olhos e faz arder pele e garganta.

Seis pessoas foram detidas e ao menos duas se feriram. Os detidos foram liberados no início da noite.

A marcha estava proibida por ordem judicial, dada na sexta-feira.

OUTRO LADO

A PM atribuía a ação à necessidade de cumprir ordem judicial. Oficialmente, a corporação disse que a reação se deveu à iminência de briga entre manifestantes e "skinheads".

De acordo com o capitão Xavier, que acompanhou a ação policial neste sábado, os policiais são orientados sempre a agir dentro da legalidade, em defesa da vida e da dignidade humana.

"O policial sempre deve agir com os meios necessários para conter uma injusta agressão", afirmou, dizendo não poder opinar sobre a agressão flagrada pela Folha por não ter visto a imagem.

Na operação desta sábado foram acionados policiais da Rocam (Rondas Ostensivas com Apoio de Motocicletas), da Força Tática e das 1ª e 3ª companhias do 7º Batalhão da PM.http://www.blogger.com/img/blank.gif

Em nota, a Secretaria Municipal de Segurança Urbana, responsável pela GCM, informou que "todas as denúncias de excesso são apuradas pela Corregedoria da Guarda Civil Metropolitana" e que "o ocorrido citado pela reportagem será apurado".

http://youtu.be/fCfxshW2OME

Polícia de SP apura repressão policial na Marcha da Maconha
A Polícia Militar investigará a conduta dos policiais que participaram da repressão à Marcha da Maconha, anteontem, em São Paulo. A corporação prometeu apurar "todo e qualquer abuso que pode ter ocorrido".

A polícia usou balas de borracha e bombas de efeito moral contra os manifestantes, perseguidos da avenida Paulista à rua da Consolação. Seis pessoas foram detidas e, mais tarde, liberadas.

Imagens da TV Folha mostram a violência da polícia. O repórter da TV Félix Lima foi atingido por jatos de spray de pimenta por um PM e por uma agente da Guarda Civil Metropolitana. A agente da GCM ainda atacou o repórter --que portava crachá-- com um golpe de cassetete.

A GCM vai apurar o caso. A PM atribuiu a reação à necessidade de cumprir ordem judicial, dada na sexta, que proibiu o ato. Sem poder fazer alusão à maconha, os manifestantes saíram em passeata em nome da "liberdade de expressão".

Os integrantes da marcha prometem novo manifesto no sábado, contra a repressão policial, no vão do Masp.

SEM SENTIDO

"Não havia sentido nenhum em nos agredir", afirmou a advogada Juliana Machado, 27. Ela havia obtido autorização da PM para a marcha desde que não houvesse referência à maconha, mostram imagens do portal "IG". "O acordo foi dhttp://www.blogger.com/img/blank.gifescumprido." A PM não respondeu.

Para o coordenador da comissão de direitos humanos da OAB-SP (Ordem dos Advogados do Brasil), a reação da polícia foi exagerada.

"Os governos de uma forma geral tratam um problema de saúde pública como caso de polícia, à base de bala de borracha e bomba de gás", disse Martim Sampaio.

A repressão suscita a importância de se debater de forma adequada a descriminalização da maconha, diz.

AGORA VAI UMA MÚSICA PRA ESSES SOLDADINHOS DE MERDA

http://youtu.be/d4TZX9YoM6A

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