quinta-feira, 25 de agosto de 2011

VALORES

Creio que ver o mundo só da subjetividade do meu coração seria apenas uma heresia contra a minha racionalidade, no entanto, combinando as duas, eu tento fazer um interpretação de toda a realidade ao meu redor, mais verdadeiramente possível.
Não seria errôneo dizer que todos nós, nos escondemos atrás de mascarás, que seguimos, dia após dia, rejeitando nossas vontades mais intimas, vivendo em um eterno enjaulamento das nossas verdadeiras faces, verdadeiras vontades. E por mais que tentamos ser tão verdadeiro com as outras pessoas, acabamos não sendo... Será que é mesmo? Penso que a maioria dos indivíduos, não. Eles tendem a se mascarar, todos os dias em busca de aceitação, acho que isso não passa de uma solução em curto prazo, ao final conhecemos as verdadeiras faces com o tempo e observação. Proponho aqui fazer uma reflexão, sobre estas questões, de uma maneira muito simples e descompromissada (logicamente colocando questões sobre nosso comportamento, comparando com o comportamento no anarquismo.).
“Querer o meu não é roubar o seu” essa frase dita por Raul Seixas na música Novo Aeon, não sossega meus ouvidos ao martelar, sempre quando ouço alguém falando na desordem na anarquia, que para o meu entendimento isso é uma inverdade absurda. Vejo que as pessoas tendem a pensar que há bagunça degenerada, o caos, a desordem, etc. Surgem por um simples motivo da vontade, não sabendo que buscar as suas vontades pode ser de uma maneira totalmente organizada e respeitosa com o próximo, não precisando assim desrespeitar o próximo. Não seria isso a Anarquia? Ordem e Respeito?
Vivemos em um sistema capitalista, onde os interesses individuais são aflorados desde a nossa infância. Interiorização de valores, que se formos pensar nos desconectando das nossas realidades, podemos perceber que esse tipo de conduta é um absurdo no seio de uma sociedade. Pois, sociedade não seria um corpo social, um grupo de indivíduos, uma reunião de pessoas? Então por que vemos numa sociedade, onde exaltamos, admiramos as pessoas que ascendem de nível social? Nós seres humanos não precisamos viver em competição com as outras espécies nem com a nossa. Precisamos romper com nossos valores, que acabam nos prendendo e nos tornando sozinhos em meio a uma multidão. “O mal do século é a solidão”
Compreendemos que o rompimento com nossos valores, não seria uma libertação descontrolada de nossas vontades, porém uma aceitação das mesmas, e comprimento sem nenhum remorso ou culpa. Nossa ética, nossa moral, que nos censura a cada pensamento acabam nos tornando um corpo cheio de vontades renegadas, e quando as mesmas tendem a sair, acabam saindo demasiadamente, como um esporro no ar… é como a pressão que a água faz ao exercer sobre o cano, e na primeira brecha, acaba jorrando de uma maneira violenta, diferente da água que escorre em uma superfície plana, que avança calmamente a cada centímetro. Assim são nossas vontades inconscientes, nossos desejos mais profundos. Devemos aprender a nos libertar, entender-los e aceita-los para que possamos usufruir sem nenhum remorso.
Assim como aprendi a amar, a respeitar, e mesmo assim garantir a minha individualidade, creio que esses elementos possam se tornar valores para toda uma geração. Acredito que os únicos valores válidos são aqueles que mantêm uma igualdade entre as pessoas, mesmo que as mesmas não tenham nenhum vinculo, ou até mesmo interesses em comum.




Texto copiado do blog do amigo/irmão/companheiro Gutto Gt: EM DEFESA DE CAIM

Nenhum comentário:

Postar um comentário