terça-feira, 18 de agosto de 2009

Ditadura + Capitalismo = Tragédia Ambiental





Há tempos atrás, Manaus e sua região metropolitana era abastecida de energia provenientes de termoelétricas que queimavam petróleo. O aumento dos preços do petróleo, a partir de 1973, levou a ditadura a optar pela construção de uma usina hidrelétrica capaz de suprir Manaus e substituir as termoelétricas. O local escolhido para a nova usina, chamada Balbina, foi o Rio Uatumã, no meio da floresta amazônica. Ou seja, alguns, numa analise superficial, pode até apoiar a troca de termoelétricas por uma hidroelétrica, mas vemos que essa troca não foi pelo favorecimento da natureza e sim da diminuição de custos. Falando em natureza, ela foi totalmente rejeitada já que desde o início desse projeto, muitos cientistas reclamaram, mostrando os erros, mas foram ignorados pela ditadura. Quando a usina entrou em funcionamento parcial, em 1988, até mesmo o governo reconheceu que ela é uma verdadeira tragédia. Lógico que pensaram pelo lado do capital, já que o custo da energia que ela produz é altíssimo. Acontece que o rio Uatumã é pequeno e tem pouca água, e por isso, a quantidade de energia consumiu muito dinheiro... Balbina é uma tragédia econômica.

Balbina também é uma tragédia ecológica, pois destruiu uma área enorme de floresta, destruindo milhões de árvores. Acontece que o rio Uatumã está localizado em região de relevo quase plano, e, por isso, a represa criada pela barragem inundou um espaço exagerado. Não foi só a floresta que se perdeu, mas também muitas espécies animais que habitavam aquele meio ecológico. Como não foi removida as árvores do local que seria inundado, lá hoje é o cemitério dessa vegetação. Além disso, com a decomposição dessas, é enviado um número de carbono semelhante ao impacto de 4 termoelétricas do tipo que estava instalada naquele local.

Finalmente, Balbina é uma tragédia social que prejudicou os habitantes da região. Uma parte da sua enorme represa inundou terras de caça e moradia dos índios. Além disso, os peixes desapareceram do rio, no trecho abaixo da barragem, pois a decomposição dos vegetais afogados pela represa tornou a água ácida e poluída. Os habitantes das margens do rio, que usavam os peixes como fonte de alimentação, estão se mudando para outros lugares.

Essa decisão do governo só tem um nome: BURRICE




Mapa da região afetada, clique aqui.

4 comentários:

  1. É triste ler isso, mas é a realidade... Seguiremos lutando contra o capital, o estado e todos os egoístas que so pensam em lucrar.

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  2. É uma vergonha tudo isso. Conheço Manaus e toda a região. Atualmente existem muitas termeletricas em funcionamento em Manaus e a usina de Balbina responde por cerca de 25% do total de energia consumido na cidade. As termeletricas serão transformadas a gás até o fim do ano.

    Infelizmente só existe uma forma de ficarmos livres de termeletricas e outras fontes poluidoras e degradadoras na produção de energia: Se todos nós diminuíssemos o consumo diário em pelo menos 30%. Isso seria o bastante para vivermos sem essas merdas.

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  3. Sinceramente,não tem nem o que se falar dessa situação.Um absurdo isso!

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