terça-feira, 30 de novembro de 2010

RESENHA: CONTRACULTURA - ARTE PARA INCONFORMES, ARTE PARA TODXS.


Resenha e fotos por Daniel 'Muedor'.

E ae galera do Tomanacara, aqui quem vos escreve é Daniel MUEDOR, um abestaiado vindo do nada, que volta e meia sai pra tirar onda na cidade dos outros, hehe! E dessa eu fui tirar onda em Cruz Das Almas, no evento do nosso amigo Cláudio (da Exclusos), o Contra Cultura. Impossível começar essa resenha sem xingar Dudu de MALUCO por ter me deixado escrever sobre o som todo, haha! Mas vamo nessa: Passei os momentos que antecederam o evento, ajudando a galera de Cruz a transportar o equipamento, colar cartazes, ajeitar o PC e o Data Show e talz. Rolou um atraso que acabou fazendo a galera decidir que o documentário e o bate-papo ficariam para depois do som e, como a galera do Straight Edge soteropolitana teve que sair mais cedo, não participou dos mesmos (o que foi uma pena, tava doido pra perguntar altas viaje!).

Bar Jebe-Jebe é o nome do espaço. Logo após o portão principal, rola uma área de frente para a parede da cozinha, onde colocamos o PC e o Data Show virado pra parede do corredor pra rodar uns vídeos, pois lá era escuro, perfeito. Indo pelo corredor, se via vários cartazes com mensagens anarquistas/libertárias que Cláudio e Robério trouxeram pra informar a galera que ali tivesse passando. Em paralelo com esse corredor, estava a cozinha, onde a galera de SSA pôs à venda as iguarias veganas (nunca tinha sacado. do caraio!) que trouxeram de lá da capital. Logo após o corredor, vem a área onde ia rolar o som. Um lugar muito amplo, onde se caminhava à vontade, mesmo com aquela mancha negra (a galera. gente demais!) passeando no espaço. Lá na frente a Derrube o muro se encontrava debaixo de uma cobertura, já passando o som.



DERRUBE O MURO – http://www.myspace.com/derrubeomuro - Às 18:30, a D.O.M com os instrumentos afinados, vocais testados e bateria equalizada... A primeira música foi pra esquentar, e pra fazer os testes finais no som, com a banda toda. “Boa noite, galera. Nós somos a Derrube o Muro de Salvador... Ta dando pra ouvir massa ae?” - assim começou o show da primeira banda da night... Eitchaaa!!!Cruz das Almas já tava de punho fechado esperando a próxima música. Punxs e metaleiros juntos, misturados, trocando idea e comentando o som... foi a primeira vez que vi isso em minha vida (skeço mais nunca!!!). No clima de UNIÃO a D.O.M soltou o repertório, diminuindo até zero a agonia da galera que tava doida pra moshar. Não lembro a seqüência das músicas, mas era a terceira vez que eu curtia apresentação dos caras, e essa foi a mais foda! E quando a banda ta desse jeito, fio... a galera corresponde (ainda mais em Cruz!)! Debaixo da poeira gladiadora, Dudu e Doriva (que tava em alta, hehe) representaram geral a UNIÃO dividindo, como sempre, os vocais na exata precisão. Dudu se contagiou pacaraio com a galera e tava se jogando geral (Dudu e o mic na pegada do um só caminho... hehehe!). Doriva tava contagiado com ele mermo, haha! Dançou funk iasporra! Ele esticou o mic pra mim várias vezes, mas duvido que se lembre disso, kkk. Rodrigo “Andróide” (toca tudo em tudo quanté banda de SSA) é na dele. O que, pra mim, faz a precisão aumentar. Riff errado num rola com ele não (pelo menos eu num ouvi, né andróide?). Eu achei que Gabriel tava agitando bem mais do que no som da Nômades em SSA, sentindo e acompanhando as carregadas do baixo com a cabeça (precisão total!). Dois momentos marcaram o som dos caras: O primeiro foi quando eles soltaram uma música nova, que rola um Thrash no meio (nem venha desmentir, Du!), que botou o Jebe-Jebe abaixo!!! O PAU CUMEU! E depois sussegou, pra entrar o Rap de Doriva que acompanha a musica (essa ficou foda, vu. fazer a média logo...), e ae Thrashão de novo!!! Madeira e poeira! Eitchaaa! Tomei altos golpe de cotovelo! Rolou um cover de Ratos, “Asas da Vingança”. Acredite, não foi esse o segundo momento mais marcante. É incrível como quase todo mundo rejeita Ratos, né (aconteceu isso no Tomanacara também.)? Pois eu me acabei!!! UUUHHH!!! O segundo momento mais marcante foi embalado pela música “De Olhos Bem Abertos”. Antes de Dudu entrar com “Os relacionamentos...”, Rodrigo segura a pegada core na guitarra e nessa hora ae Dudu falou alguma coisa meio “Quero ver agora viu galera?”. E ae Diogo descarregou a ‘violenciamoshadêradesgraçanteencrucificadoradealmasperdidas’ na batera e fudeu! MOMENTO DE MAIS POEIRA DO CONTRA CULTURA! Me arrepio só de falar! Nego caindo, sendo levantado, pulos, chutes, cotovelos e é isso aí mermo! Quase fiquei sem tênis, piva! Depois desse som a galera sossegou um pouquinho, pra carregar o power. Em algumas músicas do repertório, cada integrante falou alguma coisa no mic, mas só o que eu me lembro mermo foi antes da última música, que os caras expressaram a satisfação pela galera dedicada que tava ali no som e tal. Agradecemos e então eles tocaram a ultima música, que eu não lembro qual foi. Geral se balançando! E assim encerrou-se a apresentação da D.O.M no Contra Cultura: Num clima GIGANTESCO de SATISFAÇÃO e UNIÃO. Do caraioooo!!!



EGRÉGORA – http://www.myspace.com/egregoratao - Após a D.O.M rolou uma pequena pausa, e ae a Egrégora já se posicionou afinando instrumentos, checando o retorno (tenho até uma foto de Carol falando pro cara da mesa abaixar mais) e talz...“Boa noite, galera. Nós somos a Egrégora de Salvador...” - Carol puxou o começo do som - “Vida, amor e sangue”. A galera que tava meio afastada começou a encostar, esperando a bagaceira começar. E aí tome o primeiro som! Em Cruz das Almas tem gente pra caramba que saca a Egrégora, e foi isso ae que fez a poeira que tinha assentado, subir novamente! Vida, amor e sangue era o que rolava naquele mosh! União total. Boa parte cantando o som e se abraçando perto de Carol. Eu percebi que muita gente parou pra prestar atenção em Fernando e seu vocal quando ele entra em “Beijo, fonte dos desejos...”. Do meu lado estava Maurício, vocalista de uma banda de Dark lá de Cruz. Eu me lembro muito bem dele parado só sacando Fernando. Isso me impressionou pra caramba porque eu nunca tinha visto uma banda de Hardcore impressionar tanto um metaleiro. Fim do primeiro som. Acho que foi aí que Carol disse: “Faz tempo que a gente não via uma galera assim, um evento assim, focado em contra cultura... e se é um evento de contra cultura, vamo fazer um lanche contracultural, né gente? Lá na cozinha a gente ta vendendo uns lanches veganos, quem quiser provar é só ir lá, OK?”. E ae puxou a próxima música, que eu acho que foi “Tripalium”. Ixe! Geral cantando, acredite! Saindo da parte mais lenta da música e caindo pra pegada core, a galera se afastou da banda e se jogou cá na gladiação, que foi terrível! Uai! “Até o sopro... CAUSARÁ DOR”, e aí tome porrada! Geral no mosh, até que a música entra num breakdown violento, onde a galera nem ligou pra dor de pescoço que ia dar se ficassem batendo cabeça daquele jeito. E ae então a música sossega e... JAAAAH!!! Geral cantando o reggae que entra perto do final do som! Muita gente em frente a Carol, e aí ela estica o mic pra barreira participar. E realmente PARTICIPOU! Fim de Tripalium e Carol mais uma vez agradeceu à galera aplicada que tava por ali representando e comentou que em Camaçari também rolou uma galera de fé e talz...Como banda, a Egrégora, não só pra mim como pra todo mundo que presenciou, é uma banda totalmente profissional. Nos instrumentos a gente tem uma galera que já botou fogo em Salvador várias vezes com a banda Lumpen (pena eu não ter presenciado nenhum dos incêndios.). Joãozinho, lá atrás, quebrando tudo, fazendo a cobertura balançar (cobertura essa que, se tivesse vida, ia ficar com medo do cara!). Aqui na frente, a gente tem um cara que pessoalmente parece ser totalmente Zen e que quando ta tocando, bota pra fora o ódio que lhe é proibido expressar: Túlio, brocando tudo nos riffs (gigante o cara, a guitarra fica pequeninha!). Fechando a cozinha a tem Fernando, que se formos julgar a atitude do cara pelo estilo Skatista, nos damos mal! Precisão total no baixo somada a um vocal terrível e simplesmente DESTRUIDOR! O cara falta botar a alma pra fora, pela boca, a cada palavra pronunciada! Foda, foda. E na linha de frente, Caroline destruindo tudo com sua performance que mescla pulos típicos de quem curte HC, com a dança e a devoção (nas passagens mais lentas das músicas) de quem curte reggae! Excepcional! Ao longo do set, a gente curtiu entre vários, os sons “Tao”, “Nada pessoal, apenas vingança” e um som novo que TODO MUNDO achou foda! A apresentação da banda foi encerrada no mesmo clima que dominou a da D.O.M: clima de SATISFAÇÃO e UNIÃO. Mais uma vez Carol agradeceu a galera, e a banda recebeu os merecidos aplausos do público de Cruz Das Almas que tava extasiado! Sonzeira mais do que foda!



THE RENEGADES OF PUNK – http://www.myspace.com/therenegadesofpunk - Logo após o som da Egrégora eu e Rodrigo (baixista da Exclusos) fomos tomar um ar do lado de fora, pois tínhamos agitado demais! Não vi o momento exato em que a TROP entrou, mas pelo que eu consegui perceber do lado de fora, eles tiveram alguma dificuldade na equalização, pois demorou um pouquinho até começarem o show. Gritaram de lá de dentro “Já ta rolando!” e eu voltei avionado! Chegando lá, o ultra-mega-powertrio já tinha tocado um som, mas pra minha sorte Daniela tava falando “E ae galera, ta dando pra ouvir tudo direitinho ae?”. Ufa! Foi só uma que eu tinha perdido. E ae tome TROP!!! Não tem como falar da banda sem citar logo de cara Daniela, porque é singular o estilo de performance dela! Ela tem um jeitinho de menina tocando, só que o vocal dela é agressivão. Ela grita mermo! Nos pedaços mais empolgantes das músicas, ela fecha a cara, se joga e ae a pegada de menina some e dá lugar àquele estilo ‘pride’ que várias feministas têm! Sem contar que ela é muito precisa com a guitarra, que usa uma distorção bem suave, o que pra mim é a maior característica da TROP e que é o que faz o som deles ser tão dançante/moshante. Simplesmente demais! Na cozinha da banda a gente tem dois monstros em termos de técnica e tamanho também, hehe! Dois gigantes: no baixo, uma cara que (na merma pegada de Túlio da Egrégora) pessoalmente é tranquilão, de voz suave e que quando pega o baixo liberta alguma coisa adormecida no peito! Precisão, MUITA TÉCNICA e agressividade é o que define João. Na bateria, outro tranquilão, mas que não sai muito dessa linha (o que acaba aumentando a precisão) quando está tocando: Ivo. Que segura uma carregada tradicional que todo punk adora, variando contratempos e fazendo a galera se esbarrar cá na frente. O cara é foda. A banda é toda foda! Eu não tenho como citar vários momentos marcantes desse som, porque ele em si foi marcante, todinho (né Toddynho não, vu!)! Geral agitando, alguns que conheciam cantando... Se eu tentar citar algum momento assim, “mais memorável”, dá pra falar dos pontos de maior energia do público. Um foi ao som de “Same Old Shit” que várias pessoas que sacam, acham a melhor música do EP, onde a energia foi quase ao extremo. E o outro ponto foi quando eles tocaram o último som (foi o último mermo? Nem lembro.): um cover de Cólera, “Palpebrite”. GERAL AGITOU, GERAL CANTOU! (depois rolou de novo no Tomanacara). Após o cover, (onde vários doidêra assumiram o lugar de vocalista que era pra ser de Daniela, hehe) a banda agradeceu ao público, que respondeu aplaudindo e gritando! Os sergipanos presentearam a gente com um punk de alta qualidade naquela noite, e a gente presenteou a banda com uma agitação fora do comum. Creio que eles não vão se esquecer disso, haha!



MÁCULA - Vi alguém, não lembro quem, falando algo sobre a galera da The Pivos não ter aparecido e sobre a Rancor não tocar. Não sei o porque, mas acabou que não vimos The Pivos nem Rancor se apresentarem e quase ficamos sem ver a Mácula, pois Ítalo, da Pivos, também é guitarra da Mácula. Isso mesmo: QUASE ficamos sem ver a mácula. Passou-se uma boa pausa após o som da Renegades e ae eu vi Bau (batera da Mácula) indo pra cobertura e se posicionando. Debie (baixo da Mácula) e Guto (guitarra da Exclusos) também tavam lá. Guto tava só ajeitando o pedal da guitarra no baixo de Debie pra gerar distorção. Isso mermo! “Galera rolou um imprevisto aí, nosso guitarra infelizmente não pode comparecer, mas em consideração a vocês a gente vai tocar assim mesmo.” - Foi assim que Caleb anunciou o começo do som da Mácula, só baixo, bateria e voz! Som que foi marcado por várias frases revoltadas que Caleb soltava e por várias pausas para ajeitar os riffs no baixo, pra que as músicas saíssem bem executadas. Rapaz, falando sério mermo... ouvindo aquela bagaceira toda sem guitarra, eu fiquei até com medo de ouvir a banda com o guitarra. Puro apocalipse sonoro! Fodástica! Durante o som quase todo a galera não agitou tanto, nem sei porque. Mas o porque de eu não ter agitado eu sei: tava muito abismado pra me movimentar. Eu só fiquei lá paradão sacando o som da banda. Caleb canta com muito ódio! Debie segurando tudo no baixo é que foi foda! E Bau é brutalzão na batera! Que banda da porra! Ae, mil desculpas a todo mundo, mas foi o som que eu mais curti, por mais que eu tenha ficado parado. Rolou um som chamado “Idéias Incendiárias” que Caleb anunciou explicando o que é que significa. Lembro dele dizendo que as idéias incendiárias são aquelas idéias que fazem a gente se rebelar contra alguma coisa; que são as idéias que nos movimentam em prol de uma causa seja ela qual for. Guardei aquilo e saquei o som. A melhor música deles! Maurício comentou comigo (tava do meu lado, só sacando também): “Essa música é foda, vey. Vamo pedir de novo no final do show.” Mas eles acabaram repetindo ela ali naquele momento mesmo, porque pausaram pra sacar os riffs do baixo algumas vezes. A pegada do refrão num sai da minha cabeça (tive a sorte de ouvir de novo em SSA, no Tomanacara). Mas realmente, os momentos mais marcantes foram as frases anarquistas de Caleb, que falavam de preconceito, racismo, homofobia e várias outras coisas. Ele também falou da atitude de adotar uma ideologia só pra ter com o que tirar onda mermo. Garanto que isso ae ficou na cabeça de muita gente lá em Cruz. Perto da última música, Caleb falou sobre o evento. Disse pra galera aproveitar ao máximo, porque evento que nem aquele era raro de acontecer. Disse que era muito mais do que música, e que após as bandas, ele e mais alguns estariam lá na sala do Data Show, pra mostrar um documentário e organizar um bate-papo sobre assuntos variados. Pediu que todos ficassem pra poder compartilhar daquele momento que iria ser o momento especial do evento. Puxa-se a última música e então encerra-se a apresentação da banda Mácula, que instaurou o caos naquela cobertura. Várias pessoas encostaram na banda pra elogiar (Debie quem o diga) o som; perguntar quando é que saía disco e talz. Enfim, essa foi a apresentação que mais me encantou, por causa da banda e por causa do clima de pura atitude que ficou após o som. Muito loko!



EXCLUSOS – http://www.myspace.com/bandaexclusos - Um pouco antes de todos os integrantes da banda Mácula se retirarem, Cláudio (vocal da Exclusos) se dirigiu até a cobertura pra anunciar o seguinte: “Galera, havia acontecido uns imprevistos, a Exclusos não ia tocar. Mas eu venho aqui pedir a vocês que segurem a onda aí, porque a gente vai tocar!”. E ae altos gritos cá na galera. Sai Cláudio, vem Guto (guitarra), Dinho (batera) e Rodrigo (baixo) pra adiantar o lado do som, afinando e equalizando tudo. Um tempinho depois, Cláudio volta e Lucas (vocal também) chega. A Exclusos já tava armada pra esbagaçar com tudo! O show começou lindo! Rolou uma introdução em que Cláudio mandou um rap libertário e seguiu dizendo: “Queria agradecer a todos que compareceram no evento e convidá-los a dançar, se abraçar, se beijar... SE LIBERTAR junto com a gente nesse som.” E depois seguiu cantando, ainda na introdução “Abra suas asas. Abra suas asas. FLY!” (ficou na cabeça). A galera chegou junto e ae tome Exclusos!!! Logo após a intro, veio “Somos Todos Iguais”, que tem uma letra e uma pegada foda. Como em todas as outras músicas do show, a galera cantou mais do que os vocais da banda que, a todo momento largavam o microfone no meio do formigueiro pra ver no que dava. E o resultado era sempre o mesmo: Gritos, grunhidos e gemidos extasiados! E nesse contato forte com o mic, não foi só a galera que participou, não. Todos os integrantes da banda cantaram, suaram e agitaram total! Energia pura é o que tava sendo expelida ali. No êxtase que Cláudio estava, se a gente vacilasse, ele largava um Radouken pra cima e aquela cobertura ia pro espaço, sério mermo! Me lembro muito bem, na música “Capitalismo Não”, logo no início, ele sentou o pau a pular e num parou (né à toa que ficou todo destruído no outro dia, hehe). Caleb tava logo na frente dele, olhando e dando risada (cena massa!), hehe. Não lembro em que música foi, mas Cláudio anunciou que a banda a partir daquele dia não seria só banda. Passaria a ser o coletivo EXCLUSOS. O que eu acho que já tava mais do que na hora, porque a correria que esses caras andam fazendo pra cima e pra baixo por ae, não ta escrito! Agilidade pura no ‘adiantamento de lados’, hehe. Não tenho como falar muito da musicalidade dos caras naquele dia, porque tava agitando demais nesse som. Na verdade tava todo mundo agitando geral; cantando todas as músicas; bagunçando total no mosh. Tava uma energia extrema mesmo. Mas dá pra falar que Dinho, o batera, é destruidor! Brocação mermo! Fechando a cozinha, Rodrigo, que segura as carregadas no baixo com uma precisão louca. Realmente tem que ser preciso, porque as músicas da Exclusos variam demais o tempo. O Batera desacelera lá atrás e dae do nada, solta o core, acompanhado pela guitarra de Guto, navalhando tudo! O baixista que num se vire pra segurar não, pra ver no que é que dá, hahaha! E eu só consigo pensar na performance de Guto naquele dia, como resultado de uma manifestação espiritual de Syd Barrett, kkk. Ele fez e desfez na guitarra. No meio das batidas punk, tava ele viajando no braço da guitarra, com a ajuda de Cláudio que abaixou pra morder as cordas, e num outro momento, veio de lá pra cá com um pedaço de alguma coisa e ficou arrastando nas cordas enquanto Guto solava! Doidêra, doidêra! O som foi loko! Me distraí um pouco, e alguém me balançou dizendo: “Aí vey, a música é pra você!”. Olhei pra banda e tava Guto e Cláudio oferecendo a música “Homens Fardados” (que eu curto pacaraio) pra mim! Eitcha satisfação! A intro da música é preparação total, bem lenta, pra depois entrar uma pegada muuuito acelerada. Esse tipo de seqüência destrói crânios no mosh, e aconteceu bem isso! A galera se esbarrou geral no que quase pareceu um ‘wall of death’ desplanejado, haha. Destruição total.,. Até que a música desacelera e entra em sua pegada punk: “Homens Fardados/Atiram em você (Pa Pa PaPa!)/Homens Fardados/Vão se fuder!”. Mãos pra cima simbolizando armas nos primeiros versos e depois dedos médios pra cima, simbolizando ódio. TODO MUNDO JUNTO! O formigueiro ficou em cima de Cláudio e do mic... Sinistro! Mais alguns sons vieram, e Cláudio disse que já tava bem tarde e que o som ia parar ali, dae a galera (detalhe: retada.) pediu mais uma. Naquele clima de vai e não vai, soltaram “Idiota” do Bosta Rala. E aí madeira no mosh! Oh Yeah! Termina essa e eles largam mais uma, que eu não sei se era cover ou era deles. Apenas não conhecia. Eu sei que geral tava cantando algo assim: “Desequilíbrio! Desequilíbrio!” [Nota do editor: Creio que a música citada seja “Desequlíbrio” da banda punk paulistana Os Inocentes]. Nesse som quem mais participou foram ‘las mujeres’! Cynthia com um mic e Leila com o outro, largando o doce. Demais, demais. Esse ae foi o último som. Mais uma vez Cláudio agradeceu a galera e falou do coletivo Exclusos, e que todos nós faríamos parte e talz. Daí pediu para que a galera ficasse para o bate-papo que iria rolar depois da mostra do doc “Squat Korrcell” de Santa Catarina. O clima no final desse som aqui foi o mais completo: SATISFAÇÃO, UNIÃO, ATITUDE e REALIZAÇÃO! Dava pra ver de longe a felicidade em que Cláudio se encontrava. Não era pra menos, né, cumpade?

Às 23:15, mais ou menos, a galera começou a se retirar da área onde tava rolando o som e começou a se espalhar lá por dentro do Jebe-Jebe. Comendo, bebendo e talz. Na sala onde estava o Data Show, rodaram um doc (que não me lembro o nome) enquanto a galera se ajeitava por lá. Um tempinho depois Debie (da Mácula) veio com o disco do doc Squat Korrcell pra rodar. Colocou, pediu silêncio e aí Caleb apresentou o doc: “Galera esse vídeo que a gente vai mostrar aqui, fala sobre um espaço abandonado que a galera lá em Blumenau/SC ocupou e mostra as conquistas e as dificuldades diversas que eles andam passando por lá, sendo elas: ataques de grupos neonazistas e ociosidade por parte de alguns dos okupas, entre outras. A gente vai rodar o vídeo, quem tiver algo a perguntar é só falar que a gente pausa e comenta.” E foi isso aí mesmo. Infelizmente não tinha tanta gente sacando o doc porque boa parte da galera era de outras cidades, e aí foi dando o horário de ir embora e eles foram saindo. Mas quem ficou participou geral! Bate-papo super construtivo! Perguntaram muito e teve até um momento que Caleb pediu pra gente ver logo o vídeo, pra depois comentar, porque tava demais, hahaha! Mais ou menos uma hora e meia de conversa foi no que o vídeo resultou e aí depois, clima de despedida; galera se abraçando; agradecendo; resenhando o som! E assim chega ao fim esse eventasso de nome Contra Cultura, que vai ficar em minha cabeça, e na cabeça de muita gente, por vários anos!

Quero pedir desculpas a galera toda, que segue o blog ToamanacaraHC já há um tempo, pelo texto cheio parênteses, aspas, repetição de palavras, palavras inventadas, palavrões, acentuação e pontuação totalmente fudidas, ‘KKKs’, ‘HAHAHAs’ e ‘HEHEHEs’ alheios... Enfim. Foi mal pela gramática furada, mas quem sabe isso ae num vira um novo estilo de resenha? Hehehe (de novo, ó pai)! Grande abraço a todos e que mais eventos como este aconteçam em nossa região!

Resenha tirada do blog: TOMANACARAHC

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Indignação e Xenofobia


Na primeira foto, modelos nuas posam nas águas limpas do Lago Zurique. Na segunda, idosas muçulmanas com véu se banham em água suja.

Essa foi uma campanha que o Partido do Povo Suíço produziu para a internet. A campanha do partido de direita, que é a maior força do país, mistura nudez e xenofobia, e causou muita indignação.

Abaixo das fotos um texto indica que a primeira delas foi tirada em 2010 e a segunda seria uma viagem ao tempo até o ano de 2030, quando a Suíça estaria tomada por imigrantes. A campanha foi produzida em razão do referendo que acontecerá no país na próxima semana e visa decidir se os estrangeiros que tenham sido considerados culpados de assassinato, estupro, tráfico de drogas e outros delitos graves devem ser deportados ou não.

O slogan é a seguinte: "Veja o que poderia acontecer com a Suíça daqui a 20 anos se permitirmos o crescimento da imigração".

Ter filho gay é falta de porrada?

O militar e deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) sugeriu que os pais deveriam bater nos filhos com tendências homossexuais para mudarem de comportamento.

Os deputados Jair Bolsonaro e Paulo Henrique Lustosa (PMDB/CE), presidente da Frente Parlamentar da Criança e do Adolescente, discutiam sobre a Lei da Palmada, quando Bolsonaro afirmou: “O filho começa a ficar assim meio gayzinho, leva um coro, ele muda o comportamento dele".

Eu nem sei o que falar sobre isso. Escrevam suas opiniões aí nos comentários.

P.s: Depois dessa merda, eu resolvi pesquisar sobre Bolsonaro. Depois posto sobre outras coisas desse cara...

A CONSTRUÇÃO DA IGUALDADE



MARGINALIZAÇÃO DO NEGRO E A RESISTÊNCIA ESCRAVA NO BRASIL


Vivendo atualmente sob as injustiças de uma cultura racial discriminatória, que tende a jogar o negro às margens de uma sociedade tão desigual, os descendentes dos africanos aqui trazidos como escravos contam uma longa história de opressão, exploração, sofrimento e também de resistência. Durante um período de nossa história, toda a sociedade brasileira atribuía ao negro as características de um povo e de uma raça submissa, inferiorizada e infantil. Se falava de um escravocrata, atribuía-se a ele como “qualidade” um sentimento de afetividade e compaixão que envolveria as relações entre senhores e escravos. Refiro-me àquela idéia da amenidade (entenda-se humanidade) da escravidão brasileira. Essa visão enganosa e ridícula, construída pela classe dos senhores no intuito de mascarar a condição do negro explorado pela afirmação do senhor como um pai de uma grande família, constitui as bases daquele pensamento que vê hoje no negro o vagabundo, o incapaz, o bandido.
Entretanto as últimas décadas tem descoberto um Brasil bem diferente, bem menos florido. Impulsionado pelas recentes lutas dos negros contra a discriminação racial, novos estudos vieram mostrar uma sociedade escravocrata brutal e cruel para com os negros escravos. Essa situação de humilhação e violência sofrida na pele pelos escravos não se fez contudo sem resistência e lutas.
As atitudes de insubmissão escrava, que têm suas origens no impulso humano em reagir a uma realidade opressora, diferenciaram-se entre dois tipos fundamentais. De um lado estão as revoltas que brotavam do desejo de fuga. Fuga de um meio hostil escravista tendo como fim a reconstrução de uma “sociedade negra”, paralela à “sociedade branca”. O outro tipo essencial de revolta escrava se caracterizava, por sua vez, pelas suas ações que objetivavam a destruição direta e transformação da sociedade que o escravizava. Refiro-me às revoltas que buscavam realizar uma revolução social, buscando na construção de uma nova sociedade mais igualitária, composta pelas diferentes raças, a destruição daquela sociedade escravista.
Assim, de uma forma ora mais ou ora menos direta, a insubmissão escrava, concretizada nas fugas individuais, na formação de quilombos, na participação de movimentos revolucionários, nas guerrilhas rurais, nos levantes armados urbanos ou mesmo nas exigências e negociações do dia-a-dia, constituíram como fator ativo na destruição da ordem escravocrata brasileira.
Como podemos perceber hoje, essa emancipação do escravo não se constituiu ainda como uma completa libertação do negro no sentido em que este se vê oprimido por um imaginário cultural preconceituoso, herdado desse passado escravista. Aliás, o mito nacional de uma princesa bondosa libertando seus “filhinhos” escravos nada mais é do que um sintoma de que a própria classe dominante havia se apropriado do produto de séculos de lutas escravas, e realizado a abolição conforme o que lhe conviesse. Abafada por uma simples canetada, a possibilidade da classe dos escravos realizar sua revolução e dessa forma imprimir à sociedade futura seus desejos de uma maior igualdade e liberdade, os negros se viram jogados na posição de marginalizados. Sem nenhuma propriedade, sem acesso aos bens materiais, educação, hospitais, os negros se encontravam largados numa sociedade de competição, na qual tiveram que começar do zero. Onde estaria toda aquela riqueza produzida em mais de três séculos de trabalho forçado? Nas mãos dos negros só restavam calos... no futuro a possibilidade de uma completa libertação, conquistada a custo de mais sangue, suor e lutas.


DIA INTERNACIONAL DA LUTA CONTRA A DISCRIMINAÇÃO RACIAL


Notamos que a discriminação está presente no cotidiano da sociedade. Você já parou para pensar no seu dia-a-dia? Ouvimos e vemos diariamente piadas racistas, sem nexo e sem razão.
Os negros foram trazidos da África pelos brancos, contra a sua vontade para trabalhar como escravos, sofrendo assim muita discriminação pela sua cor.
Que direito tem um branco de discriminar negros ou índios e vice-versa?
Na sociedade, o trabalho com condições dignas é privilégio somente de pessoas com status e/ou que se encaixa nos padrões do “bonito”. A maioria das pessoas discriminadas não tiveram e não tem condições de uma vida mais justa. O preconceito começa na infância, na escola, onde muita coisa é imposta a criança inocente.
Racismo não é só crime, como também uma ofensa a vida. Devemos lembrar que somos frutos de uma miscigenação cultural e racial, de brancos, negros e Índios todos nós temos um pouco, seria ignorância sermos racistas num lugar onde existem raças de todas as partes do mundo. Propomos igualdade, para haver amor e solidariedade.
Se você assimilou as informações contidas neste panfleto e tiver um pouco de dignidade, pensará lá dentro do seu íntimo e concluirá: NÃO SOU RACISTA!

Texto tirado do Zine O Fim #2.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

RESENHA: CONTRA CULTURA - 20/11 - ARTE PARA INCONFORMES, ARTE PARA TODXS

A semana que antecedeu o show foi terrível, tudo corria contra! Foi triste, cansativo... Mas persisti, lutei, achei o lugar, consegui o som, e, com a ajuda de algumas pessoas, consegui fazer o evento! Era dia 20, um dia de choro (muito choro), de raiva, de tristeza, de pensamentos pessimistas, não acreditei que o evento daria certo. Correria, muita correria nesse dia. Acordamos (eu e Bhell) cedo e estávamos dispostos a arrumar tudo, enquanto eu corria atrás do som e da arrumação do espaço, Bhell dava duro na cozinha, mas, todo esforço valeu a pena!

16 horas era o previsto para o começo do evento, só que com um imprevisto que foi a bateria, o evento começou as 18hs, e às 18:20 a Derrube o Muro já estava pronta!!!
Começou o show! E que show! Como na ‘sinopse’ dizia: HARDCORE OLD SCHOOL FEITA POR GENTE FEIA (se bem que eles não são feios). Mas é isso, hardcore muito bem feito, com uma performance irradiante, dois vocais contrastante, foda, foda, foda!!! Músicas muito bem tocadas! 18:56hs e o show da Derrube o Muro já tinha acabado (JÁ?! Foi a minha reação ao ver os caras desmontando os instrumentos). O show foi bom e merecia mais, muito mais!

A segunda banda a subir no palco foi a Egrégora e eu já tinha falado muito bem sobre a banda aqui em Cruz e muita gente já conhecia, só não esperava ter uma aceitação tão grande, a cada música executada a galera delirava, cantava junto, se abraçava, foi lindo, muito lindo, nunca vi uma energia daquela num show aqui em Cruz... Estavam extasiados com a Egrégora. Muitas pessoas chegaram e me perguntaram: “Onde você achou essa banda foda?” Músicas muito bem executadas, foi perfeito. Acabou o show e a galera pedindo mais.

Alguns imprevistos (o carro quebrou) não permitiu que a The Pivos chegasse e, pelo fato de Ítalo (voz e guitarra da The Pivos) também tocar na Mácula, seria dois desfalques!

Logo depois, a The Renegades of Punk entrava no palco (não tinha palco, era chão mesmo) hehehehehe. A Renegades superou minhas expectativas, não esperava um show tão lindo como aquele... Me senti em um show no exterior onde a galera tinha contato com a banda, cantava com a banda, se jogava, brincava, dançava... Foi um show eletrizante!!! Fui feliz! Feliz em ver a Renegades fazer aquele som lindo, feliz em ver a galera cantando com eles, feliz em ver o povo se abraçando, se beijando, feliz em ver Nal na frente do palco (entende-se chão), do lado do baixo. Foi lindo e eu quero mais.

Agora era a hora da Rancor, só que problemas com a guitarra, o pedal e o operador de som não permitiu que a Rancor fizesse a apresentação... Mas prometeram uma grande dose na próxima apresentação.

O imprevisto que resultaria no desfalque da The Pivos, e logo depois da Mácula foi revertido (não, a The Pivos não chegou), mas a Mácula deu a cara a tapa, e decidiu tocar sem guitarra. O QUÊ? SEM GUITARRA? Eu já vi bandas sem baixo, mas sem guitarra, essa era novidade. Já pensou uma banda sem guitarra? Isso mesmo, subiram no palco, Bal na bateria, Caleb com os vocais e Debie no baixo. E foi surpreendente. O baixo falou/gritou/esperniou causando espanto e curiosidade em muita gente... Todos se perguntaram: Que baixo é aquele? Muita gente que estava cansada e sentada, se levantaram para examinar aquele fato... Foi um show impressionante, cheio de raivas, melodias e palavras de ordem (sem ordem), Caleb estava furioso e soltava toda a sua fúria nas músicas, era uma música atrás da outra separadas por discursos comoventes e reflexivos, enquanto o baixo e a bateria agilizavam a melhor forma de tocar... Eu gostei e todxs que ali estavam também.

Os nervos estavam a flor da pele, eu me sentia extasiado com as apresentações e queria mais, muito mais... eis uma surpresa! A Exclusxs vai tocar! Ninguém esperava por aquilo mas decidimos tocar. Estávamos felizes e queríamos dividir aquela felicidade com aqueles que construíram o evento. A Exclusxs não é mais banda e sim um COLETIVO... Isso mesmo, um coletivo, e vocês que ajudaram (de qualquer forma) no crescimento, amadurecimento, fortalecimento, fazem parte da Exclusxs. E, com uma energia imensa querendo ser liberada por a gente, pode ter certeza, o melhor show da Exclusxs. Convidei a todxs que chegassem perto da gente, invadissem o palco, que fossem livres, e foram, tiveram a liberdade, cantaram, dançaram, beijaram, se libertaram... e essa é a nossa proposta. O show foi perfeito e eu me sentia satisfeito.

Mas não acabou por aí... Depois do show, quem ali continuou presente pode conferir a mostra de vídeo... Primeiro passamos ‘A construção da igualdade’ e logo depois o ‘Documentário Squat Korrcell’, mediado por Caleb e Debie onde explicaram alguns fatos . Era livre, e quem quisesse poderia soltar o verbo e soltaram, foi bastante proveitoso. Depois da mostra de vídeo rolou o bate papo sobre anarcopunk onde dúvidas foram esclarecidas.

Pronto, agora acabou. E acabou com a seguinte certeza: A MISSÃO FOI CUMPRIDA!!! E as expectativas foram superadas. Para mim isso bastava!

Muita lágrima rolou, muita raiva senti, muita tristeza e teve momentos em que pensei em desistir, mas fui feliz, e agora estou aqui e quero agradecer a todxs vocês, todxs mesmos, desde a pessoa que foi ao evento, que divulgou até a pessoa que deu duro, limpou, arrumou, pintou, se doou a fazer o evento. A vocês um muito obrigado, de coração, e pode ter certeza que eu faço esses eventos é pra vocês!!! Obrigado mesmo a todxs!

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

TOUR RENEGADES OF PUNK (SE) COMEÇA HOJE!!!

Hoje (19/11) começa a tour da The Renegades of Punk (Aracaju/SE) e a primeira cidade a se apresentarem é em Camaçari (Bar da Cássia, Bar da Cássia, Av Radial C. [Próx. ao Tiro de Guerra], a partir das 21 horas), mais as bandas The Pivos (que acompanhará a tour também), Mapache Man e Egrégora. Entrada R$ 7,00

Amanhã (20/11) se apresentaram em Cruz das Almas (Bar Jebe Jebe, Rua da Estação [em frente ao Bar de Turíbio], a partir das 16hs) mais as bandas: The Pivos, Egrégora, Derrube o Muro, Rancor e Mácula. Entrada R$ 5,00

No domingo (21/11) o show será no Aniversário de 2 anos do TOMANACARA, com as bandas: The Renegades of Punk (SE), NODE (SHOW DE REUNIÃO COM A FORMAÇÃO ORIGINAL), The Pivos (Camaçari), Mácula (Região Metropolitana de Salvador), Jonas, Homem Meteoro, Buster, Versu2, Derrube o Muro, Mapache Man, Diante dos Olhos e DJ Indiehell, na Casa de Arte, mesma rua do teatro XVIII (Pelourinho), Horário: 14:00 horas, Entrada: R$ 10,00.

THE RENEGADES OF PUNK EM CAMAÇARI - 19/11


The Renegades of Punk (Aracaju/SE)
The Pivos
Mapache Man
Egrégora

19/11/2010
A partir das 21 horas
Bar da Cássia, Av Radial C. (Próx. ao Tiro de Guerra)

Ingressos: R$ 7,00

ANIVERSÁRIO DE 02 ANOS TOMANACARA


O Tomanacara comemora dois anos de muita fuleragem e para a festa convidamos bandas queridas da cidade, das redondezas e de fora, mas sempre prezando por uma coisa: NORDESTE NA FITA! Como um bom festival mesclamos estilos e tendências, porém para estar aqui tem que ser real e original.

Confiram abaixo quais bandas farão o Irish Pub ficar quente como nunca Salvador viu. TOMANACARA 2 ANOS, aqui o verão chega primeiro e a chapa esquenta.

The Renegades of Punk (SE): Powertrio encabeçado por uma bela voz feminina, bela e bem agressiva diga-se de passagem. Que conhece o histórico da moça sabe o que estou falando, em seu currículo tem bandas como a Triste Fim de Rosilene e xReverx, bandas essas que Ivo (bateria) também fez parte. Completa o trio sergipano João (baixo) que mostrou na última passagem da Renegades por Salvador uma desenvoltura e animação contagiante. Pra quem gosta de punkrock direto, bastante influênciado por The Ramones e Cicle Jerks é uma excelente pedida.
http://www.myspace.com/therenegadesofpunk

NODE: Você com certeza não está sonhando, a NODE fará show de reunião com sua formação original após anos longe dos bueros soteropolitanos. Pra quem não conhece a banda eu só lamento, pra quem conhece faz-se necessária a presença. A apresentação dos caras é garantia de circlepit e mosh a moda antiga, por isso jovem deathcore vá, precie com moderação e aprenda como se faz.

The Pivos (Camaçari): Outro powertrio que fará a alegria dos rockers é a The Pivos, que faz essa mini tour com a The Renegades of Punk tocando em Camaçari (cidade natal), Cruz das Almas e fechando com chave de ouro no Festival de aniversário do Tomanacara, em Salvador. Comenta-se que a banda é o Circle Jerks baiano, eu acho que são melhores, afinal é produto interno e de qualidade. Lançaram esse ano um single, "The Pivos", que provavelmente sairá em uma coletanêa.
http://www.myspace.com/thepivos

Mácula (RMS): Formada por membros da Rancor (Simões Filho) e The Pivos (Camaçari), vale frisar de pronto que se difere e muito de ambas. Com um vocal ultra agressivo, carregado de sentimentos a Mácula faz um som pesado e introspectivo. Excelente pedida para os fãs de Catharsis e para quem gosta de ver garotas espancando numa banda de rock, já que a banda possuí uma baixista.

Jonas: Os modelos do Festival Tomanacara, apenas vão tocar para atrair gatinhas. Prometeram fazer um striptease exclusivo, com direito a muito olho de massagem e outras coisas gostosas. Um bando de fanfarrão que faz um rock visceral e da melhor qualidade, coisa fina!
http://www.myspace.com/conjuntojonas

Homem Meteoro: Não tão bonitos como os Jonas, a Homem Meteoro é formada por (ex) integrantes da Dias de Glória, Ira de Gaia e ALCO. Fazem um som mesclando grind, deathmetal e hardcore, com um vocal totalmente demente e caótico unido a riffs e batidades qubradas e velozes. Uma boa pedida para os cinéfilos.
http://www.myspace.com/homemmeteoro

Buster: A melhor banda de hardcore melódico da Bahia. Pronto, eu não precisaria falar mais nada, isso é incontestável. Mas vou além, não são apenas a melhor banda de hardcore melódico dessa terra, são sobreviventes de uma geração. A Buster está a anos na estrada e sobrevive a tendências e modas, fazendo um som autêntico e de alta qualidade. Estão preparando seu primeiro álbum com lançamento previsto ainda para 2010.
http://www.myspace.com/0buster0

Versu2: Saindo um pouco do rock/hardcore, mas tão pesado nas letras quanto, o grupo Versu2 desde que surgiu vem conseguido alcançar reconhecimento tanto a crítica especializada em hip hop como em meios diversos. É um grupo que merece máximo respeito e que leva o nome do rep baiano pelo mundo a fora. Não bastasse isso a versatilidade das bases de Dj Gug é um show a parte. Lançaram esse ano o clipe de "Segredo da Harmonia", um dos melhores feitos em 2010.
http://www.myspace.com/versu2

Derrube o Muro: Som agressivo, pesado e gente feia. Seguindo a linha da velha escola do hardcore, mas sem perder a jovialidade. Pessoas diferentes em alguns aspectos, com conceitos diversos, vivências diversas e gostos também diversificados, a unidade fica por conta de uma única meta: Derrubar o muro que nos separa.
http://www.myspace.com/derrubeomuro

Mapache Man: Powetrio vegeta straight edge!Não é mais uma banda de hardcore old school, nem poweviolence. A Mapache Man é uma banda de punkrock influênciada por Misfitys, Fugazi e Masshysteri. Recentemente lançaram sua Demo e o video clip da faixa[i] "Música para o Coração".[/i] Temos orgulho em dizer que essa banda fez sua primeira apresentação em nosso aniversário de 01 ano e agora retornam mais maduros e com canções novas.
http://www.myspace.com/mapacheman

Diante dos Olhos: Só em ser um show da Diante dos Olhos, coisa rara de acontecer, já vale você ir ao show. Mas é um show da Diante dos Olhos no Aniversário do Tomanacara, nesse caso você é obrigado a ir. Hardcore Old School de primeira, influênciados por Bane, Comeback Kid, New Winds e Colligere. Se quer sentir a vibe de um show de hardcore, não perca essa apresentação.
http://www.myspace.com/diantedosolhos

Indiehell: Para não deixar a pista esfriar, a Dj Indiehell vem com um set que promete agradar a todo mundo, quem não quebrar ao som do melhor do pop/rock/punk é porque já está morto e só esqueceram de enterrar.

ANIVERSÁRIO DE 02 ANOS TOMANACARA

The Renegades of Punk (SE)
NODE (SHOW DE REUNIÃO COM A FORMAÇÃO ORIGINAL)
The Pivos (Camaçari)
Mácula (Região Metropolitana de Salvador)
Jonas
Homem Meteoro
Buster
Versu2
Derrube o Muro
Mapache Man
Diante dos Olhos
+Dj Indiehell

Data: 21/11/2010 (Domingo)
Local:Local: Casa de Arte, mesma rua do teatro XVIII (Pelourinho)
Horário: 14:00 horas
Entrada: R$ 10,00

Cartaz por: Raphael Brito

terça-feira, 9 de novembro de 2010

TOUR RENEGADES OF PUNK (SE) - CONTRACULTURA: ARTE PARA INCONFORMES - 20/11


CONTRACULTURA! Arte para inconformes, arte para tod@s!

Dia 20/11, das 16hs às 22hs no Bar Jebe-Jebe (Rua da Estação, em frente ao Bar de Turíbio)

Mostra de vídeo (Squat Korrcell);
Varal de zines;
Biblioteca Subversiva;
Bate-Papo sobre anarcopunk e Straight Edge;
Comida vegana.

The Renegades of Punk (Aracaju/SE): Powertrio encabeçado por uma bela voz feminina, bela e bem agressiva diga-se de passagem. Quem conhece o histórico da moça sabe o que estou falando, em seu currículo tem bandas como a Triste Fim de Rosilene e xReverx, bandas essas que Ivo (bateria) também fez parte. Completa o trio sergipano João (baixo) que mostrou na última passagem da Renegades por Salvador uma desenvoltura e animação contagiante. Pra quem gosta de punkrock direto, bastante influênciado por The Ramones e Cicle Jerks é uma excelente pedida. http://www.myspace.com/therenegadesofpunk

The Pivos (Camaçari): Outro powertrio que fará a alegria dos rockers é a The Pivos, que faz essa mini tour com a The Renegades of Punk tocando em Camaçari (cidade natal), Cruz das Almas e Salvador. Comenta-se que a banda é o Circle Jerks baiano, eu acho que são melhores, afinal é produto interno e de qualidade. Lançaram esse ano um single, "The Pivos", que provavelmente sairá em uma coletanêa. http://www.myspace.com/thepivos

Egrégora (Salvador): Hardcore agressivo com vocal rasgado feminino, simplesmente impressionante, influências de bandas como Catharsis, saca só: www.myspace.com/egregoratao

Derrube o Muro (Salvador): Som agressivo, pesado e gente feia. Seguindo a linha da velha escola do hardcore, mas sem perder a jovialidade. Pessoas diferentes em alguns aspectos, com conceitos diversos, vivências diversas e gostos também diversificados, a unidade fica por conta de uma única meta: Derrubar o muro que nos separa. http://www.myspace.com/derrubeomuro

Rancor (Região Metropolitana de Salvador): Crust de prima, crust äs fück... www.myspace.com/rancorcrustcore

Mácula (Região Metropolitana de Salvador): Formada por membros da Rancor, The Pivos e The Wooden Man, vale frisar de pronto que se difere e muito destas bandas, fazem um som crust obscuro experimental. Com um vocal ultra agressivo, carregado de sentimentos a Mácula faz um som pesado e introspectivo. Excelente pedida para os fãs de Catharsis e Iskra.

Ingressos, somente, 5 reais.

Compareçam!!!

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

O Absurdo da Mutilação Genital Feminina - MGF

O Drama da Mutilação Genital Feminina



O holocausto silencioso das mulheres a quem continuam a extrair o clítoris

Mais um tema actual e cruel que o Portugal Lusófono se dedica. Feita alguma pesquisa, chegámos á triste conclusão que 140 milhões, é o terrível numero de mulheres e crianças que já foram submetidas a uma das práticas mais cobardes hediondas do nosso planeta, e que representa um verdadeiro atentado à vida e saúde das mulheres. A esta prática da Circuncisão Feminina, tristemente conhecida como Mutilação Genital Feminina, são acrescentados a cada ano que passa, mais 2 milhões de novos casos em todo o mundo.

Pensava-se que esta (apelidada) tradição bárbara era prática só do continente africano e Médio Oriente. Mas não. Esta prática expandiu-se também aos chamados países civilizados da Europa, onde encapotadamente é praticada no seio de pequenas comunidades emigrantes provenientes dos locais acima referidos.

A Mutilação Genital Feminina (sigla MGF), termo que descreve esse acto com maior exactidão, é vulgarmente conhecida por excisão feminina ou Circuncisão Feminina. É uma pratica realizada em vários países principalmente da África, e da Ásia, que consiste na amputação do clitóris da mulher de modo a que esta não possa sentir prazer durante o acto sexual.

Embora acredita-se que esta prática seja muçulmana, em nada está fundamentada religiosamente, tendo em vista de que os hadices em que tentam conectar a prática ao Islão são fracos, sendo assim, esta prática não é adotada nos países onde a sharia é fortemente estudada.



Esta prática não tem nada em comum com a Circuncisão Masculina. Segundo essa tradição, pais bem intencionados providenciam a remoção das suas filhas pré-adolescentes do clítoris, e até mesmo dos lábios vaginais. Há uma outra forma de mutilação genital chamada de infibulação, que consiste na costura dos lábios vaginais ou do clítoris.

A circuncisão feminina é um termo que se associa a um determinado número de práticas incidentes sobre os genitais femininos e que têm uma origem de ordem cultural e não de ordem medicinal. É uma prática muito frequente em certas partes da África e é praticada também na Península Arábica e em zonas da Ásia. A prática da circuncisão feminina é rejeitada pela civilização ocidental.

É considerada uma forma inaceitável e ilegal da modificação do corpo infligida àqueles que são demasiado novos ou inconscientes para tomar uma escolha informada. É também chamada de mutilação genital feminina. A circuncisão feminina elimina o prazer sexual da mulher.

A sua prática acarreta sérios riscos de saúde para a mulher, e é muito dolorosa, por vezes de forma permanente. No primeiro mundo a circuncisão feminina é praticada por médicos, que trabalham com anestesia. Ela foi mais aplicada no século 19, em especial até os anos 1960 nos EUA e outros países, principalmente para podar clitóris ou lábios grandes. Achava-se que os órgãos grandes e muitas vezes saindo dos lábios maiores são muito feios e que tais meninas teriam uma maior tendência para tornarem-se prostitutas.


- Fonte Wikipedia



O que é a Mutilação Genital Feminina?


O holocausto silencioso das mulheres a quem continuam a extrair o clítoris

A mutilação genital feminina (MGF) é uma prática em que uma parte ou a totalidade dos órgãos sexuais de mulheres e crianças são removidos. Há vários tipos, que por sua vez têm gravidadas diferentes. Segundo as várias tradições são removidos o clítoris ou os lábios vaginais. Uma das práticas de maior gravidade, chamada infibulação, consiste na costura dos lábios vaginais ou do clítoris, deixando uma abertura pequena para a urina e a menstruação. Aproximadamente 15 % das mutilações em África são infibulações.

A MGF é levada a cabo em várias idades, desde depois do nascimento até à primeira gravidez, tendo a maioria lugar entre os quatro e oito anos.

Como é praticada a MGF?

A MGF pode ser realizada em clínicas por médicos, mas mesmo desta maneira, com anestesia, trata-se de mutilação genital feminina. No entanto, a maioria dos casos são realizados por mulheres da comunidade em que vive a mulher ou criança, com instrumentos de corte inapropriados (faca, caco de vidro, ou navalha).

Estes instrumentos são raramente esterilizados e anestesiados, podendo levar à transmissão da SIDA ou HIV, ou à morte. Em casos de infibulação, podem ser usados pontos ou espinhos para “manter” os lábios vaginais juntos, tendo as raparigas de ter as pernas atadas durante quarenta dias.

A MGF não é um costume inofensivo. Causa danos físicos e psicológicos irreversíveis, podendo ainda levar à morte de raparigas de todas as idades. Esta mutilação viola o direito da jovem a desenvolver-se psico-sexualmente de um modo saudável e natural. O que também deve ser considerado são os custos do tratamento contínuo devido às complicações físicas e psicológicas. A MGF é uma ofensa grave aos direitos humanos em geral, e aos direitos da mulher e criança, em especial.

Efeitos da MGF

Os efeitos da MGF podem, como acima referido, levar à morte. Na maioria dos casos, os efeitos consistem em infecções crónicas, sangrar intermitentemente, abcessos e pequenos tumores benignos no nervo, causando desconforto e extrema dor. A infibulação pode ter efeitos mais duradouros e mais graves, incluindo: infecção crónica do tracto urinário, pedras na vesícula e uretra, danos aos rins, infecções no tracto reprodutor devido a obstruções do fluxo menstrual, infecções pélvicas, infertilidade, e tecido excessivo da cicatriz.

Durante o parto, o tecido cicatrizado existente nas mulheres mutiladas pode romper. Mulheres infibuladas, que têm os lábios vaginais fechados, têm de ser cortadas para deixarem espaço para a criança nascer. Depois do parto, têm de voltar a ser “fechadas” para assegurar o prazer dos maridos.

Efeitos sobre a sexualidade

A MGF pode tornar a primeira relação sexual da mulher muito dolorosa, sendo mesmo perigosa no caso da mulher sofrer um corte aberto. Em certos casos, as relações sexuais das mulheres continuam dolorosas ao longo da vida.

Efeitos psicológicos

Os efeitos psicológicos da MGF são mais difíceis de investigar do que os efeitos físicos. Alguns destes efeitos incluem ansiedade, terror, humilhação e traição, todos dos quais terão possíveis efeitos de longa duração. Alguns especialistas sugerem que o choque e trauma da “operação” podem contribuir para os comportamentos “mais calmos” e “dóceis”, considerados características positivas em sociedades que praticam MGF.



Adicionalmente, quando ocorrem problemas, estes são raramente atribuídos às pessoas que executam a operação. Na maioria dos casos, a suposta “promiscuidade” das raparigas é considerada a causa. Estas acusações podem aumentar os sentimentos de culpa, de humilhação e ansiedade destas raparigas.

Porque se faz MGF

Muitas vezes são os pais que pagam ou iniciam a “prática”, para que as filhas possam casar com homens que não aceitariam mulheres não circuncisadas. Algumas culturas acreditam que os órgãos femininos são impuros e têm de ser purificados, e por isso erradicados.

Esta prática permite que somente os homens possam desfrutar o prazer sexual. Também se pensa que a MGF melhora a fertilidade e desencoraja a promiscuidade sexual. No entanto, esta prática leva à frigidez das suas vítimas e os seus maridos evitam o relacionamento sexual com as suas esposas, procurando relacionamentos extraconjugais.

Manifestarem-se contra esta mutilação é extremamente difícil pois podem ser acusadas de se oporem às tradições ancestrais e aos valores familiares, tribais e religiosos, sendo mesmo acusadas de rejeitar o seu próprio povo e sua identidade cultural.

Identidade Cultural

Os costumes e as tradições são, por conseguinte, as razões mais citadas para a MGF. O defunto Presidente do Quénia, Jomo Kenyatta, disse “a abolição...destruirá o sistema tribal”. Por estas razões, uma rapariga não é considerada uma adulta numa sociedade que pratica MGF, se não se tiver sido submetida à mutilação.

Identidade de Género

MGF é considerado muitas vezes necessário para que uma rapariga seja considerada uma mulher completa. Acredita-se que a remoção do clitóris e os lábios vaginais eleva a feminilidade da rapariga, sendo sinónimo da docilidade e obediência feminina. É muito possível que o trauma da mutilação tenha este mesmo efeito sobre a personalidade da rapariga, levando-a agir com tal docilidade e obediência. Quando a MGF faz parte de um rito, é muitas vezes acompanhada por uma sessão sobre o papel da mulher na sociedade.

Controlo sobre a sexualidade das mulheres e da reprodução

Em muitas sociedades, a razão dada para a MGF é a crença que esta prática reduz o desejo feminino para o sexo, reduzindo, portanto, as possibilidades de terem relações extraconjugais. Prevenir que as mulheres tenham relações sexuais “ilegítimas”, e “protegendo-as” de relações não queridas, é vital, pois a honra da família depende disto. No entanto, a infibulação não garante que não haja relações sexuais “ilegítimas”, visto que a mulher pode ser “aberta” e “fechada” várias vezes.

Em certas culturas, elevar o prazer sexual do homem é uma razão para a MGF, mesmo que os homens tendem a preferir mulheres não mutiladas como companheiras sexuais.

Higiene, estética e saúde

A limpeza e higiene são outros factores de justificação. De facto, em certas sociedades, mulheres não mutiladas são consideradas sujas e não têm autorização de distribuir comida e água.

Quantas mulheres são afectadas pela MGF?

O segredo à volta da MGF e a protecção dos que a executam torna mais difícil de obter a informação correcta do número de mulheres afectadas pela MGF. No entanto, por volta de 135 milhões de mulheres sofreram MGF no mundo inteiro, subindo de 2 milhões de raparigas em risco de sofrer MGF por ano – aproximadamente 6000 por dia – para três milhões.


- Vídeo 1: AQUI
- Vídeo 2: AQUI
- Vídeo 3: AQUI



Em que países se prática MGF?



O holocausto silencioso das mulheres a quem continuam a extrair o clítoris

A MGF é praticada na maioria dos casos em África, mas também é comum em certos países do Médio Oriente. Também acontece, devido a comunidades imigrantes, em certas regiões da Ásia e do Pacífico, América do Norte, América Latina, e Europa.

Mais de 28 países Africanos praticam MGF

· Benin: Prevalência entre 30% e 50%. A prática abrange as várias religiões: a Muçulmana, a Cristã, e os Animistas. Raparigas são submetidas à MGF entre os cinco e os quinze anos, dependendo da comunidade em que vivem.

· Burkina Faso: Prevalência de 78%
· Camarões: Prevalência de 15%
· República Central Africana: Prevalência de 35%
· Chade: Prevalência de 40%
· Costa do Marfim: Prevalência de 44.5%. Na Costa do Marfim, a MGF é mais comum em comunidades Muçulmanas (80%) do que em comunidades Católicas ou Protestantes (16%). Este rito de iniciação é geralmente praticado entre os quatro e sete anos.

· República Democrática do Congo
· Djibuti: Prevalência estimada entre 90% a 98%. A idade média das crianças submetidas ao ritual é entre os dois e os dez anos.

· Eritréia: Prevalência de 95%, o ritual varia consoante a idade em que se pratica e a comunidade em que vive. Enquanto certas comunidades praticam o ritual por volta dos sete anos da criança, em certas comunidades cristãs, a cerimónia é praticada quarenta dias após o nascimento da criança, e certas comunidades muçulmanas, praticam MGF em crianças de 1 semana.

· Etiópia: Prevalência entre 73% e 90%.
· Gâmbia: Prevalência entre 60% e 90%. As raparigas sofrem este ritual desde algumas semanas após o nascimento até aos quinze anos de idade, dependendo da comunidade. Este ritual é efectuado com uma faca tradicional que é transmitida de geração em geração.

· Ghana: Prevalência de 20%
· Guiné: Prevalência de 60%
· Guiné Bissau: Prevalência de 45%
· Quénia: Prevalência de 38%, sendo a operação efectuada entre os sete e quinze anos de idade.
· Libéria: Prevalência de 55%
· Mali: Prevalência entre 15% e 20%. O ritual é tradicionalmente feito como preparação para o casamento, por volta dos catorze ou quinze anos. No entanto, visto que a idade em que as mulheres se casam tem aumentado, as idades de iniciação tem diminuído drasticamente, indo desde algumas semanas após o nascimento até aos doze anos.



· Mauritânia: Prevalência de 55%
· Níger: Prevalência de 11%
· Nigéria: Prevalência de 60%, variando entre alguns meses após o nascimento até antes do casamento. Já foram relatados casos em que a prática foi efectuada após a morte da mulher ou durante o parto.

· Senegal: Prevalência entre 15% e 20%. A idade média em que se pratica a MGF está situada entre os dois e os doze anos, dependendo dos grupos. Como é o caso em vários outros países, a idade em que se pratica este ritual está a diminuir, na maioria dos casos devido à oposição oficial da prática.

· Serra Leoa: Prevalência entre 80% e 90%, praticada maioritariamente entre os onze e os quinze anos.
· Somália: Prevalência de 99%.
· Sudão: Prevalência de 90%. O ritual é praticado em raparigas entre os cinco e os dez anos, com raras excepções em bebés.

· Tanzânia: Prevalência de 18%, praticada geralmente entre os sete e os catorze anos. No entanto, desde a ratificação de uma lei proibindo a prática e o aumento de oposição das raparigas mais velhas, existem relatos em que a MGF é praticada em bebés.

· Togo: Prevalência de 12%.
· Uganda: Prevalência de 20%

Vários países da Ásia também praticam MGF
· Índia · Indonésia · Sri Lanka · Malásia

No médio oriente, a MGF é praticada nos seguintes países
· Egipto · Omán · Iémene · Emirados Árabes Unidos

A MGF também é praticada em grupos indígenas na América Central e do Sul, como por exemplo no Perú, mas existe pouca informação acerca deles. Devido à imigração, países onde anteriormente não se praticava MGF, têm agora sectores da população a praticá-la, incluindo:
· Austrália · Canada · Dinamarca · França
· Itália · Holanda · Suécia · Reino Unido · EUA



A UNICEF declarou que esta prática “pode ser eliminada no espaço de uma geração”. No entanto, a diminuição da taxa de prática do ritual não indica uma diminuição global. Por conseguinte, para erradicar a MGF serão exigidos mais esforços por parte dos governos, pela sociedade civil, e pela comunidade internacional.

Terão de ser influenciadas através de um empenho global colectivo. Líderes dos países em que se pratica MGF têm um papel importante para desencorajar esta prática. A Amnistia Internacional esforça-se para que os direitos destas mulheres e crianças sejam respeitados e acredita que com um empenho global colectivo se possa chegar ao objectivo desejado.


- Fonte Amnistia Internacional

domingo, 7 de novembro de 2010

Seguidores do Autonomia e Autogestão se deram bem na redação do ENEM!

Hehehehe... É isso mesmo, semana passada fizemos dois posts sobre Neo-Escravidão e o tema da redação do ENEM foi: Escravidão!!!
Lucas postou sobre uma fábrica que contratava estrangeiros e faziam trabalhar até 20hs por dia pra ganhar 2 reais por peça vendida.
E eu postei sobre o caso da fábrica de fogos em Santo Antônio que em 1988 explodiu levando a óbito 64 pessoas e, mesmo depois disso, ainda continua na ativa e não dá nenhuma condições para os trabalhadores, inclusive crianças e idosos, que ganham a cada mil fogos produzidos R$ 0,70 centavos... Lamentável!

Espero que as pessoas que visitam o nosso blog, leram esses posts e que fizeram a prova do ENEM tenham gostado da redação.

TÁ NO ROCK É PRA SE FUDER! RESENHA DO SHOW DE MANGABEIRA DIA 06/11

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Era 6/11, um sábado, depois de um ENEM cansativo, mas somos a resistência, e não importa o que aconteça, estaremos lá! E fomos, em direção a Mangabeira-BA, 17 mil habitantes aproximadamente, há 15 kms de Cruz das Almas. O microônibus, que foi fechado com 23 pessoas, no final das contas saiu daqui com 17 pessoas. Era previsto a saída para as 19hs, e saímos daqui às 19:50. Chegamos aproximadamente às 20:15, e o som, que era previsto para começar as 19hs ainda não tinha começado. 22hs foi quando as bandas de Santo Antônio de Jesus e o público de lá chegaram e, também, quando começou o evento. A primeira banda a se apresentar foi a Stintos, banda de Mangabeira que tocam diversos covers. A apresentação foi parada, devido a problemas com o pessoal da organização que esperava um público de 100 pessoas a mais e se queixava de ter vendido, apenas, 13 ingressos. Bandas chamadas de lado e viram que o público restante foi, somente, 13 pessoas que pagaram o ingresso (inclusive namoradas de membros de bandas que participaram do evento). Com isso, a organização disse que sairia no prejuízo e resolveu levar o evento até às 00h, que após conversação, deixou até 1. Mas ainda faltavam 6 bandas se apresentarem e já eram 22:20, quando entramos em acordo e resolvemos tocar o mínimo de músicas possíveis, já sabe né!? FUDEU! A Exclusos foi a segundo a subir no palco, subiu as 22:21 e com problemas na guitarra, só começou a tocar um pouco mais tarde quando executou somente 5 músicas: Anarquia, Homens Fardados, Miséria e Desgraça, Idiota e Capitalismo Não!, saindo do palco às 22:40 e subindo, imediatamente a BloodSeeker, que, ao ser chamada de ‘banda poser’ por Nany Brutal, Maurício, frontman da banda, pegou o microfone e soltou o verbo, não atingindo somente Brutal como também todo o cenário de fora, a confusão tava armada e o desentendimento também, Robério (Punk) se desentendeu com quem eu não sei, só sei que subiu no palco e soltou o verbo também, tava parecendo o caos, tudo dando errado, a BloodSeeker executou seu repertório e no final Maurício pediu desculpas se ofendeu algum cenário, logo depois da BloodSeeker subiu ao palco, das profundezas do inferno, HAHAHAHAHAHAHA, a Lord Skarf, executando o seu repertório pra ninguém botar defeito, no final do show Fabrício (Ayperus) soltou o verbo em cima de Nany (Brutal) também, aumentando mais ainda a desordem e o caos, HAHAHAHA. Nervos a flor da pele e subiu no palco a Helligari, fazendo um trash, FUDIDO, foi uma das apresentações mais consistente da banda, apesar de curta, foi ótima, finalizando com Refuse/Resist do Sepultura fazendo não só ‘bangers’ como todo o público ali presente bater cabeça. Depois da excelente apresentação da Helligari e os nervos mais calmos eis que surge, da terra da Canabis o grupo Canabis, ops! Canabis não, Save our Souls? HEHEHEHE. Esses, completamente chapados, exceto o baterista (Wepa), fizeram uma apresentação descontraída onde quase todos que estavam em baixo riram... iniciando com Alive do P.O.D., um show de descontração, quedas, movimentos bruscos e muita gargalhada em cima do palco... no final da terceira música o organizador do evento pediram pra eles pararem e aí entrou uma das horas que fiquei mais feliz, quando Rafael (Carrerinha) vocal e guitar começou a proferir palavras de protesto contra a organização e de força ao movimento underground, pois estavam ali porque acreditavam no movimento e falou que não se importava se ía tocar ou não tocar, o que importava era esta ali, fortalecendo o movimento. APLAUSOS PRA ELES! E isso mostra a nossa resistência... pra finalizar, com chave de ouro, a Slash the Machine que fez um ótimo, com ótimas execuções... perfeito. Como previsto, 1h acabou o show! No final de tudo fica o aprendizado, muitos erraram mas acredito que tenham aprendido. O underground é isso, onde pagamos pra tocar, nos fudemos, e ainda não somos reconhecido... Eu não esperava um público grande, aliás, as pessoas que ali estavam foram, simplesmente, as pessoas que as bandas levaram, de Cruz foram uns 26 e de Santo Antonio de Jesus uns 22, uns 7 de Mangabeira, 2 de Sapeaçu, 1 de Castro Alves e 2 de Muritiba. Mas é isso... como dizem: TÁ NO ROCK É PRA SU FUDER!

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

NEO-ESCRAVIDÃO ESTÁ NA MODA SIM!!! O CASO DA FÁBRICA DE FOGOS DE SANTO ANTÔNIO DE JESUS!



Santo Antônio de Jesus foi conhecida pelo Brasil e mundo como uma das principais cidades onde há fabricação de fogos.
No dia 11 de dezembro de 1998 aconteceu uma explosão onde 64 pessoas foram mortas.
12 anos depois os acusados pelo ‘acidente’ foram condenados... de 8 responsáveis, 5 foram condenados, mas, respondem em liberdade.
O caso é que, mesmo depois do acontecido, há fábrica funciona, até os dias atuais, da mesma forma: na ilegalidade!!! Escravizando funcionários, inclusive crianças, não pagando carteira e não dando a mínima condição básica de segurança.


Fabricação ilegal de fogos segue impune em Santo Antônio de Jesus

A rotina da produção de fogos é mantida inalterada em Santo Antônio de Jesus (a 185 km de Salvador), mesmo após o julgamento de cinco dos oito acusados como responsáveis pela explosão da fábrica de fogos de artifício em 1998 no município, matando 64 pessoas. Hoje, segundo a Associação dos Produtores de Fogos de Santo Antônio de Jesus (Asfogos), 90% da produção se concentra na zona rural da cidade vizinha, Muniz Ferreira, a 25 km de Santo Antônio de Jesus.
Pelas ruas dos bairros Irmã Dulce e São Paulo, em Santo Antônio, é possível encontrar mulheres e crianças na porta de casa fazendo traques de bater ou estalos de salão. Até hoje, os órgãos fiscalizadores não adotaram medida eficaz para a erradicação da clandestinidade. Atualmente, cada trabalhador recebe de R$ 0,70 a R$ 1 para produzir mil traques.
Segundo informações do assessor da Asfogos, José Carlos Toneto, são mais de 50 produtores informais. “A fabricação não vai parar porque é uma das poucas alternativas de geração de renda. O dia em que o governo der condições para que eles se formalizem, a atividade vai gerar emprego, renda e impostos”, ressaltou.
Caminhões e carros pequenos saem distribuindo a matéria-prima para produção do traque de bater e circulam normalmente pelas ruas Nova do Mutum e do Meio, no bairro Irmã Dulce, segundo próprios moradores. No dia seguinte, repetem a operação recolhendo a produção diária.
Difícil identificar os donos da produção. “Estou fazendo traque para uma pessoa de Muniz Ferreira. Esses R$ 10 que ganho servem para comprar pão”, argumenta a dona de casa Antônia dos Santos, 32 anos, no bairro Irmã Dulce. A vizinha dela, Gilza Silva, de 18, diz que “se não fizer traque, morre de fome”.
Dos oito acusados pela explosão da fábrica, cinco foram condenados e três absolvidos, mas estão em liberdade depois que o advogado da família de Osvaldo Prazeres Bastos recorreu da sentença.

FONTE: ATARDE














quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Neo-Escravidão está na moda?

Já faz algum tempo que imagens da fábrica de uma marca com alto-padrão na India, foram divulgadas. A Catwalk têm 130 lojas no país e com público variado, sendo que uma parte dos calçados é destinado ao seleto público da classe A. Os produtos mais populares são importados da China porém a Catwalk também tem fábricas para produzir uma média de 900 pares de calçados por dia e isso com 200 funcionários.

Para conseguir um produto com custo final de sete dólares, a Catwalk utiliza da Neo-Escravidão. Seus funcionários trabalham em torno de 16 a 17 horas por dia, vivendo dentro das fábricas e o lugar onde dormem é o mesmo onde cozinham e trabalham, durante a noite dormem em baixo das mesas. O trabalho é praticamente em troca de comida.

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Você pensa que isso só acontece na Índia e lugares distantes? Pois bem, as pequenas confecções que abastecem algumas das grandes lojas no Brasil também são responsáveis por trabalho escravo. O tráfico de pessoas está interligado com essa rede de escravidão. Os agenciadores oferecem trabalho de costureira em empresas de São Paulo a imigrantes (na maioria bolivianas) e quando aceitam o trabalho, mal sabem ao que serão submetidas. Jornadas de trabalho que chegam a 20h por dia, moram e trabalham no mesmo local, o ambiente é apertado, sujo, os lençóis são feitos por elas com os retalhos que sobram na costura, tendo apenas meia hora para fazer a refeição. Algumas confecções tem até cães de guarda para evitar uma fuga das trabalhadoras-escravas.

As roupas feitas por essas mulheres em regime escravo, vão parar em camelôs, lojas de bairro, shopping e inclusive em grandes magazines. Recentemente a loja Marisa foi ligada a uma confecção que utiliza mão de obra escrava. A Neo-Escravidão acontece em várias instâncias e não apenas em fazendas no interior do Estado como muitos pensavam. É preciso estar alerta e principalmente denunciar. Quando você se cala, passa a fazer parte do problema e não da solução.

Fontes:

Catwalk – custo humano alto;

Escravas da Moda;

Lojas Marisa ligada a escravidão;