Reajuste vale também para o presidente da República, que hoje ganha R$ 11,4 mil, e para os ministros de Estado, que recebem R$ 10,4 mil
Os deputados federais aprovaram na tarde desta quarta-feira (15) um aumento de 61,8% em seus próprios salários, que devem pular dos atuais R$ 16,5 mil para R$ 26,7 a partir de 11 de fevereiro. O projeto, apresentado pela Mesa Diretora da Câmara, deve passar pela aprovação do Senado, o que pode ocorrer ainda nesta quarta, antes de entrar em vigor.
O único partido que se manifestou de forma contrária ao aumento foi o Psol. Ainda quando os partidos discutiam se o regime de urgência seria ou não aplicado ao projeto, o líder do Psol, Chico Alencar (RJ), não concordou com a votação simbólica e exigiu a votação nominal. Outros parlamentares se manifestaram individualmente contra a medida, como Luiza Erundina (PSB-SP).
O projeto inclui também aumentos robustos para o presidente da República e o vice, que recebem atualmente R$ 11,4 mil, para os ministros (salário de R$ 10,7 mil) e para os senadores, que também têm o direito de aprovar um aumento nos próprios rendimentos. O projeto tem apenas duas páginas e não traz nenhuma justificativa para aumento, e nem um cálculo de quanto o aumento vai custar para os cofres públicos. No caso do Legislativo, haverá um efeito cascata de grande monta, tendo em vista que deputados estaduais e vereadores têm seus salários atrelados aos dos deputados federais e senadores.
O aumento para R$ 26,7 mil iguala os salários do Executivo e do Legislativo aos dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), considerados o teto no serviço público, que já recebem R$ 26,7 mil mensais.
A aprovação do reajuste de 61,83% no salário de deputados federais e senadores deve criar um efeito cascata em Estados e municípios com impacto de até R$ 1,96 bilhão por ano na folha de pagamento de assembleias estaduais e Câmaras municipais. A previsão é da Confederação Nacional dos Municípios (CNM).
Em vista ao Congresso, Tiririca diz que "deu sorte"
A aprovação do aumento salarial aos deputados se deu, ironicamente, no dia em que o deputado eleito Tiririca (PP-SP) fez sua primeira visita à Câmara. Famoso pelo slogan de campanha "pior do que está, não fica", Tiririca disse, segundo o G1, que "deu sorte" por marcar a visita para esta quarta-feira, e avaliou o aumento salarial como "bacana" e "legal".
FONTE: Época
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Como diz uma música do Cama de Jornal:
ResponderExcluir"O povo é besta,
o povo é idiota,
o povo tem é que se fuder!
Se eles estão roubando
A culpa é da gente
Se eles estão matando
A culpa é da gente
Se eles estão cheirando
A gente tá na merda!!!"
É isso mesmo! O povo elegem eles, eles entram, dão um aumento de 61,8% nos salários deles (que diga-se de passagem já é um absurdo) enquanto o salário do povo (o mínimo, 510,00 reais) eles choram pra dar um aumento de 8%... Absurdo, absurdo e absurdo.
Sem palavras pra explicar tamanha revolta.
vergonha total! país de merda comandado por pessoas sem escrúpulos!!! povo de cabeças de gado! massa de manobras! governantes eleitos com promessas de redução da desigualdade social aprovam aumento dos próprios salários aumentando a disparidade entre este e o menor salário pago a um trabalhador, o "salário mínimo". em 2007 quando aumentaram seus salários pela última vez, os parlamentares ganhavam 43 salários mínimos. Agora passarão a ganhar mais de 50 salários mínimos!!!!! esse é o combate a desigualdade sócio-econômica no BRASIL! lamentável
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