sexta-feira, 5 de novembro de 2010

NEO-ESCRAVIDÃO ESTÁ NA MODA SIM!!! O CASO DA FÁBRICA DE FOGOS DE SANTO ANTÔNIO DE JESUS!



Santo Antônio de Jesus foi conhecida pelo Brasil e mundo como uma das principais cidades onde há fabricação de fogos.
No dia 11 de dezembro de 1998 aconteceu uma explosão onde 64 pessoas foram mortas.
12 anos depois os acusados pelo ‘acidente’ foram condenados... de 8 responsáveis, 5 foram condenados, mas, respondem em liberdade.
O caso é que, mesmo depois do acontecido, há fábrica funciona, até os dias atuais, da mesma forma: na ilegalidade!!! Escravizando funcionários, inclusive crianças, não pagando carteira e não dando a mínima condição básica de segurança.


Fabricação ilegal de fogos segue impune em Santo Antônio de Jesus

A rotina da produção de fogos é mantida inalterada em Santo Antônio de Jesus (a 185 km de Salvador), mesmo após o julgamento de cinco dos oito acusados como responsáveis pela explosão da fábrica de fogos de artifício em 1998 no município, matando 64 pessoas. Hoje, segundo a Associação dos Produtores de Fogos de Santo Antônio de Jesus (Asfogos), 90% da produção se concentra na zona rural da cidade vizinha, Muniz Ferreira, a 25 km de Santo Antônio de Jesus.
Pelas ruas dos bairros Irmã Dulce e São Paulo, em Santo Antônio, é possível encontrar mulheres e crianças na porta de casa fazendo traques de bater ou estalos de salão. Até hoje, os órgãos fiscalizadores não adotaram medida eficaz para a erradicação da clandestinidade. Atualmente, cada trabalhador recebe de R$ 0,70 a R$ 1 para produzir mil traques.
Segundo informações do assessor da Asfogos, José Carlos Toneto, são mais de 50 produtores informais. “A fabricação não vai parar porque é uma das poucas alternativas de geração de renda. O dia em que o governo der condições para que eles se formalizem, a atividade vai gerar emprego, renda e impostos”, ressaltou.
Caminhões e carros pequenos saem distribuindo a matéria-prima para produção do traque de bater e circulam normalmente pelas ruas Nova do Mutum e do Meio, no bairro Irmã Dulce, segundo próprios moradores. No dia seguinte, repetem a operação recolhendo a produção diária.
Difícil identificar os donos da produção. “Estou fazendo traque para uma pessoa de Muniz Ferreira. Esses R$ 10 que ganho servem para comprar pão”, argumenta a dona de casa Antônia dos Santos, 32 anos, no bairro Irmã Dulce. A vizinha dela, Gilza Silva, de 18, diz que “se não fizer traque, morre de fome”.
Dos oito acusados pela explosão da fábrica, cinco foram condenados e três absolvidos, mas estão em liberdade depois que o advogado da família de Osvaldo Prazeres Bastos recorreu da sentença.

FONTE: ATARDE














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