terça-feira, 30 de novembro de 2010

RESENHA: CONTRACULTURA - ARTE PARA INCONFORMES, ARTE PARA TODXS.


Resenha e fotos por Daniel 'Muedor'.

E ae galera do Tomanacara, aqui quem vos escreve é Daniel MUEDOR, um abestaiado vindo do nada, que volta e meia sai pra tirar onda na cidade dos outros, hehe! E dessa eu fui tirar onda em Cruz Das Almas, no evento do nosso amigo Cláudio (da Exclusos), o Contra Cultura. Impossível começar essa resenha sem xingar Dudu de MALUCO por ter me deixado escrever sobre o som todo, haha! Mas vamo nessa: Passei os momentos que antecederam o evento, ajudando a galera de Cruz a transportar o equipamento, colar cartazes, ajeitar o PC e o Data Show e talz. Rolou um atraso que acabou fazendo a galera decidir que o documentário e o bate-papo ficariam para depois do som e, como a galera do Straight Edge soteropolitana teve que sair mais cedo, não participou dos mesmos (o que foi uma pena, tava doido pra perguntar altas viaje!).

Bar Jebe-Jebe é o nome do espaço. Logo após o portão principal, rola uma área de frente para a parede da cozinha, onde colocamos o PC e o Data Show virado pra parede do corredor pra rodar uns vídeos, pois lá era escuro, perfeito. Indo pelo corredor, se via vários cartazes com mensagens anarquistas/libertárias que Cláudio e Robério trouxeram pra informar a galera que ali tivesse passando. Em paralelo com esse corredor, estava a cozinha, onde a galera de SSA pôs à venda as iguarias veganas (nunca tinha sacado. do caraio!) que trouxeram de lá da capital. Logo após o corredor, vem a área onde ia rolar o som. Um lugar muito amplo, onde se caminhava à vontade, mesmo com aquela mancha negra (a galera. gente demais!) passeando no espaço. Lá na frente a Derrube o muro se encontrava debaixo de uma cobertura, já passando o som.



DERRUBE O MURO – http://www.myspace.com/derrubeomuro - Às 18:30, a D.O.M com os instrumentos afinados, vocais testados e bateria equalizada... A primeira música foi pra esquentar, e pra fazer os testes finais no som, com a banda toda. “Boa noite, galera. Nós somos a Derrube o Muro de Salvador... Ta dando pra ouvir massa ae?” - assim começou o show da primeira banda da night... Eitchaaa!!!Cruz das Almas já tava de punho fechado esperando a próxima música. Punxs e metaleiros juntos, misturados, trocando idea e comentando o som... foi a primeira vez que vi isso em minha vida (skeço mais nunca!!!). No clima de UNIÃO a D.O.M soltou o repertório, diminuindo até zero a agonia da galera que tava doida pra moshar. Não lembro a seqüência das músicas, mas era a terceira vez que eu curtia apresentação dos caras, e essa foi a mais foda! E quando a banda ta desse jeito, fio... a galera corresponde (ainda mais em Cruz!)! Debaixo da poeira gladiadora, Dudu e Doriva (que tava em alta, hehe) representaram geral a UNIÃO dividindo, como sempre, os vocais na exata precisão. Dudu se contagiou pacaraio com a galera e tava se jogando geral (Dudu e o mic na pegada do um só caminho... hehehe!). Doriva tava contagiado com ele mermo, haha! Dançou funk iasporra! Ele esticou o mic pra mim várias vezes, mas duvido que se lembre disso, kkk. Rodrigo “Andróide” (toca tudo em tudo quanté banda de SSA) é na dele. O que, pra mim, faz a precisão aumentar. Riff errado num rola com ele não (pelo menos eu num ouvi, né andróide?). Eu achei que Gabriel tava agitando bem mais do que no som da Nômades em SSA, sentindo e acompanhando as carregadas do baixo com a cabeça (precisão total!). Dois momentos marcaram o som dos caras: O primeiro foi quando eles soltaram uma música nova, que rola um Thrash no meio (nem venha desmentir, Du!), que botou o Jebe-Jebe abaixo!!! O PAU CUMEU! E depois sussegou, pra entrar o Rap de Doriva que acompanha a musica (essa ficou foda, vu. fazer a média logo...), e ae Thrashão de novo!!! Madeira e poeira! Eitchaaa! Tomei altos golpe de cotovelo! Rolou um cover de Ratos, “Asas da Vingança”. Acredite, não foi esse o segundo momento mais marcante. É incrível como quase todo mundo rejeita Ratos, né (aconteceu isso no Tomanacara também.)? Pois eu me acabei!!! UUUHHH!!! O segundo momento mais marcante foi embalado pela música “De Olhos Bem Abertos”. Antes de Dudu entrar com “Os relacionamentos...”, Rodrigo segura a pegada core na guitarra e nessa hora ae Dudu falou alguma coisa meio “Quero ver agora viu galera?”. E ae Diogo descarregou a ‘violenciamoshadêradesgraçanteencrucificadoradealmasperdidas’ na batera e fudeu! MOMENTO DE MAIS POEIRA DO CONTRA CULTURA! Me arrepio só de falar! Nego caindo, sendo levantado, pulos, chutes, cotovelos e é isso aí mermo! Quase fiquei sem tênis, piva! Depois desse som a galera sossegou um pouquinho, pra carregar o power. Em algumas músicas do repertório, cada integrante falou alguma coisa no mic, mas só o que eu me lembro mermo foi antes da última música, que os caras expressaram a satisfação pela galera dedicada que tava ali no som e tal. Agradecemos e então eles tocaram a ultima música, que eu não lembro qual foi. Geral se balançando! E assim encerrou-se a apresentação da D.O.M no Contra Cultura: Num clima GIGANTESCO de SATISFAÇÃO e UNIÃO. Do caraioooo!!!



EGRÉGORA – http://www.myspace.com/egregoratao - Após a D.O.M rolou uma pequena pausa, e ae a Egrégora já se posicionou afinando instrumentos, checando o retorno (tenho até uma foto de Carol falando pro cara da mesa abaixar mais) e talz...“Boa noite, galera. Nós somos a Egrégora de Salvador...” - Carol puxou o começo do som - “Vida, amor e sangue”. A galera que tava meio afastada começou a encostar, esperando a bagaceira começar. E aí tome o primeiro som! Em Cruz das Almas tem gente pra caramba que saca a Egrégora, e foi isso ae que fez a poeira que tinha assentado, subir novamente! Vida, amor e sangue era o que rolava naquele mosh! União total. Boa parte cantando o som e se abraçando perto de Carol. Eu percebi que muita gente parou pra prestar atenção em Fernando e seu vocal quando ele entra em “Beijo, fonte dos desejos...”. Do meu lado estava Maurício, vocalista de uma banda de Dark lá de Cruz. Eu me lembro muito bem dele parado só sacando Fernando. Isso me impressionou pra caramba porque eu nunca tinha visto uma banda de Hardcore impressionar tanto um metaleiro. Fim do primeiro som. Acho que foi aí que Carol disse: “Faz tempo que a gente não via uma galera assim, um evento assim, focado em contra cultura... e se é um evento de contra cultura, vamo fazer um lanche contracultural, né gente? Lá na cozinha a gente ta vendendo uns lanches veganos, quem quiser provar é só ir lá, OK?”. E ae puxou a próxima música, que eu acho que foi “Tripalium”. Ixe! Geral cantando, acredite! Saindo da parte mais lenta da música e caindo pra pegada core, a galera se afastou da banda e se jogou cá na gladiação, que foi terrível! Uai! “Até o sopro... CAUSARÁ DOR”, e aí tome porrada! Geral no mosh, até que a música entra num breakdown violento, onde a galera nem ligou pra dor de pescoço que ia dar se ficassem batendo cabeça daquele jeito. E ae então a música sossega e... JAAAAH!!! Geral cantando o reggae que entra perto do final do som! Muita gente em frente a Carol, e aí ela estica o mic pra barreira participar. E realmente PARTICIPOU! Fim de Tripalium e Carol mais uma vez agradeceu à galera aplicada que tava por ali representando e comentou que em Camaçari também rolou uma galera de fé e talz...Como banda, a Egrégora, não só pra mim como pra todo mundo que presenciou, é uma banda totalmente profissional. Nos instrumentos a gente tem uma galera que já botou fogo em Salvador várias vezes com a banda Lumpen (pena eu não ter presenciado nenhum dos incêndios.). Joãozinho, lá atrás, quebrando tudo, fazendo a cobertura balançar (cobertura essa que, se tivesse vida, ia ficar com medo do cara!). Aqui na frente, a gente tem um cara que pessoalmente parece ser totalmente Zen e que quando ta tocando, bota pra fora o ódio que lhe é proibido expressar: Túlio, brocando tudo nos riffs (gigante o cara, a guitarra fica pequeninha!). Fechando a cozinha a tem Fernando, que se formos julgar a atitude do cara pelo estilo Skatista, nos damos mal! Precisão total no baixo somada a um vocal terrível e simplesmente DESTRUIDOR! O cara falta botar a alma pra fora, pela boca, a cada palavra pronunciada! Foda, foda. E na linha de frente, Caroline destruindo tudo com sua performance que mescla pulos típicos de quem curte HC, com a dança e a devoção (nas passagens mais lentas das músicas) de quem curte reggae! Excepcional! Ao longo do set, a gente curtiu entre vários, os sons “Tao”, “Nada pessoal, apenas vingança” e um som novo que TODO MUNDO achou foda! A apresentação da banda foi encerrada no mesmo clima que dominou a da D.O.M: clima de SATISFAÇÃO e UNIÃO. Mais uma vez Carol agradeceu a galera, e a banda recebeu os merecidos aplausos do público de Cruz Das Almas que tava extasiado! Sonzeira mais do que foda!



THE RENEGADES OF PUNK – http://www.myspace.com/therenegadesofpunk - Logo após o som da Egrégora eu e Rodrigo (baixista da Exclusos) fomos tomar um ar do lado de fora, pois tínhamos agitado demais! Não vi o momento exato em que a TROP entrou, mas pelo que eu consegui perceber do lado de fora, eles tiveram alguma dificuldade na equalização, pois demorou um pouquinho até começarem o show. Gritaram de lá de dentro “Já ta rolando!” e eu voltei avionado! Chegando lá, o ultra-mega-powertrio já tinha tocado um som, mas pra minha sorte Daniela tava falando “E ae galera, ta dando pra ouvir tudo direitinho ae?”. Ufa! Foi só uma que eu tinha perdido. E ae tome TROP!!! Não tem como falar da banda sem citar logo de cara Daniela, porque é singular o estilo de performance dela! Ela tem um jeitinho de menina tocando, só que o vocal dela é agressivão. Ela grita mermo! Nos pedaços mais empolgantes das músicas, ela fecha a cara, se joga e ae a pegada de menina some e dá lugar àquele estilo ‘pride’ que várias feministas têm! Sem contar que ela é muito precisa com a guitarra, que usa uma distorção bem suave, o que pra mim é a maior característica da TROP e que é o que faz o som deles ser tão dançante/moshante. Simplesmente demais! Na cozinha da banda a gente tem dois monstros em termos de técnica e tamanho também, hehe! Dois gigantes: no baixo, uma cara que (na merma pegada de Túlio da Egrégora) pessoalmente é tranquilão, de voz suave e que quando pega o baixo liberta alguma coisa adormecida no peito! Precisão, MUITA TÉCNICA e agressividade é o que define João. Na bateria, outro tranquilão, mas que não sai muito dessa linha (o que acaba aumentando a precisão) quando está tocando: Ivo. Que segura uma carregada tradicional que todo punk adora, variando contratempos e fazendo a galera se esbarrar cá na frente. O cara é foda. A banda é toda foda! Eu não tenho como citar vários momentos marcantes desse som, porque ele em si foi marcante, todinho (né Toddynho não, vu!)! Geral agitando, alguns que conheciam cantando... Se eu tentar citar algum momento assim, “mais memorável”, dá pra falar dos pontos de maior energia do público. Um foi ao som de “Same Old Shit” que várias pessoas que sacam, acham a melhor música do EP, onde a energia foi quase ao extremo. E o outro ponto foi quando eles tocaram o último som (foi o último mermo? Nem lembro.): um cover de Cólera, “Palpebrite”. GERAL AGITOU, GERAL CANTOU! (depois rolou de novo no Tomanacara). Após o cover, (onde vários doidêra assumiram o lugar de vocalista que era pra ser de Daniela, hehe) a banda agradeceu ao público, que respondeu aplaudindo e gritando! Os sergipanos presentearam a gente com um punk de alta qualidade naquela noite, e a gente presenteou a banda com uma agitação fora do comum. Creio que eles não vão se esquecer disso, haha!



MÁCULA - Vi alguém, não lembro quem, falando algo sobre a galera da The Pivos não ter aparecido e sobre a Rancor não tocar. Não sei o porque, mas acabou que não vimos The Pivos nem Rancor se apresentarem e quase ficamos sem ver a Mácula, pois Ítalo, da Pivos, também é guitarra da Mácula. Isso mesmo: QUASE ficamos sem ver a mácula. Passou-se uma boa pausa após o som da Renegades e ae eu vi Bau (batera da Mácula) indo pra cobertura e se posicionando. Debie (baixo da Mácula) e Guto (guitarra da Exclusos) também tavam lá. Guto tava só ajeitando o pedal da guitarra no baixo de Debie pra gerar distorção. Isso mermo! “Galera rolou um imprevisto aí, nosso guitarra infelizmente não pode comparecer, mas em consideração a vocês a gente vai tocar assim mesmo.” - Foi assim que Caleb anunciou o começo do som da Mácula, só baixo, bateria e voz! Som que foi marcado por várias frases revoltadas que Caleb soltava e por várias pausas para ajeitar os riffs no baixo, pra que as músicas saíssem bem executadas. Rapaz, falando sério mermo... ouvindo aquela bagaceira toda sem guitarra, eu fiquei até com medo de ouvir a banda com o guitarra. Puro apocalipse sonoro! Fodástica! Durante o som quase todo a galera não agitou tanto, nem sei porque. Mas o porque de eu não ter agitado eu sei: tava muito abismado pra me movimentar. Eu só fiquei lá paradão sacando o som da banda. Caleb canta com muito ódio! Debie segurando tudo no baixo é que foi foda! E Bau é brutalzão na batera! Que banda da porra! Ae, mil desculpas a todo mundo, mas foi o som que eu mais curti, por mais que eu tenha ficado parado. Rolou um som chamado “Idéias Incendiárias” que Caleb anunciou explicando o que é que significa. Lembro dele dizendo que as idéias incendiárias são aquelas idéias que fazem a gente se rebelar contra alguma coisa; que são as idéias que nos movimentam em prol de uma causa seja ela qual for. Guardei aquilo e saquei o som. A melhor música deles! Maurício comentou comigo (tava do meu lado, só sacando também): “Essa música é foda, vey. Vamo pedir de novo no final do show.” Mas eles acabaram repetindo ela ali naquele momento mesmo, porque pausaram pra sacar os riffs do baixo algumas vezes. A pegada do refrão num sai da minha cabeça (tive a sorte de ouvir de novo em SSA, no Tomanacara). Mas realmente, os momentos mais marcantes foram as frases anarquistas de Caleb, que falavam de preconceito, racismo, homofobia e várias outras coisas. Ele também falou da atitude de adotar uma ideologia só pra ter com o que tirar onda mermo. Garanto que isso ae ficou na cabeça de muita gente lá em Cruz. Perto da última música, Caleb falou sobre o evento. Disse pra galera aproveitar ao máximo, porque evento que nem aquele era raro de acontecer. Disse que era muito mais do que música, e que após as bandas, ele e mais alguns estariam lá na sala do Data Show, pra mostrar um documentário e organizar um bate-papo sobre assuntos variados. Pediu que todos ficassem pra poder compartilhar daquele momento que iria ser o momento especial do evento. Puxa-se a última música e então encerra-se a apresentação da banda Mácula, que instaurou o caos naquela cobertura. Várias pessoas encostaram na banda pra elogiar (Debie quem o diga) o som; perguntar quando é que saía disco e talz. Enfim, essa foi a apresentação que mais me encantou, por causa da banda e por causa do clima de pura atitude que ficou após o som. Muito loko!



EXCLUSOS – http://www.myspace.com/bandaexclusos - Um pouco antes de todos os integrantes da banda Mácula se retirarem, Cláudio (vocal da Exclusos) se dirigiu até a cobertura pra anunciar o seguinte: “Galera, havia acontecido uns imprevistos, a Exclusos não ia tocar. Mas eu venho aqui pedir a vocês que segurem a onda aí, porque a gente vai tocar!”. E ae altos gritos cá na galera. Sai Cláudio, vem Guto (guitarra), Dinho (batera) e Rodrigo (baixo) pra adiantar o lado do som, afinando e equalizando tudo. Um tempinho depois, Cláudio volta e Lucas (vocal também) chega. A Exclusos já tava armada pra esbagaçar com tudo! O show começou lindo! Rolou uma introdução em que Cláudio mandou um rap libertário e seguiu dizendo: “Queria agradecer a todos que compareceram no evento e convidá-los a dançar, se abraçar, se beijar... SE LIBERTAR junto com a gente nesse som.” E depois seguiu cantando, ainda na introdução “Abra suas asas. Abra suas asas. FLY!” (ficou na cabeça). A galera chegou junto e ae tome Exclusos!!! Logo após a intro, veio “Somos Todos Iguais”, que tem uma letra e uma pegada foda. Como em todas as outras músicas do show, a galera cantou mais do que os vocais da banda que, a todo momento largavam o microfone no meio do formigueiro pra ver no que dava. E o resultado era sempre o mesmo: Gritos, grunhidos e gemidos extasiados! E nesse contato forte com o mic, não foi só a galera que participou, não. Todos os integrantes da banda cantaram, suaram e agitaram total! Energia pura é o que tava sendo expelida ali. No êxtase que Cláudio estava, se a gente vacilasse, ele largava um Radouken pra cima e aquela cobertura ia pro espaço, sério mermo! Me lembro muito bem, na música “Capitalismo Não”, logo no início, ele sentou o pau a pular e num parou (né à toa que ficou todo destruído no outro dia, hehe). Caleb tava logo na frente dele, olhando e dando risada (cena massa!), hehe. Não lembro em que música foi, mas Cláudio anunciou que a banda a partir daquele dia não seria só banda. Passaria a ser o coletivo EXCLUSOS. O que eu acho que já tava mais do que na hora, porque a correria que esses caras andam fazendo pra cima e pra baixo por ae, não ta escrito! Agilidade pura no ‘adiantamento de lados’, hehe. Não tenho como falar muito da musicalidade dos caras naquele dia, porque tava agitando demais nesse som. Na verdade tava todo mundo agitando geral; cantando todas as músicas; bagunçando total no mosh. Tava uma energia extrema mesmo. Mas dá pra falar que Dinho, o batera, é destruidor! Brocação mermo! Fechando a cozinha, Rodrigo, que segura as carregadas no baixo com uma precisão louca. Realmente tem que ser preciso, porque as músicas da Exclusos variam demais o tempo. O Batera desacelera lá atrás e dae do nada, solta o core, acompanhado pela guitarra de Guto, navalhando tudo! O baixista que num se vire pra segurar não, pra ver no que é que dá, hahaha! E eu só consigo pensar na performance de Guto naquele dia, como resultado de uma manifestação espiritual de Syd Barrett, kkk. Ele fez e desfez na guitarra. No meio das batidas punk, tava ele viajando no braço da guitarra, com a ajuda de Cláudio que abaixou pra morder as cordas, e num outro momento, veio de lá pra cá com um pedaço de alguma coisa e ficou arrastando nas cordas enquanto Guto solava! Doidêra, doidêra! O som foi loko! Me distraí um pouco, e alguém me balançou dizendo: “Aí vey, a música é pra você!”. Olhei pra banda e tava Guto e Cláudio oferecendo a música “Homens Fardados” (que eu curto pacaraio) pra mim! Eitcha satisfação! A intro da música é preparação total, bem lenta, pra depois entrar uma pegada muuuito acelerada. Esse tipo de seqüência destrói crânios no mosh, e aconteceu bem isso! A galera se esbarrou geral no que quase pareceu um ‘wall of death’ desplanejado, haha. Destruição total.,. Até que a música desacelera e entra em sua pegada punk: “Homens Fardados/Atiram em você (Pa Pa PaPa!)/Homens Fardados/Vão se fuder!”. Mãos pra cima simbolizando armas nos primeiros versos e depois dedos médios pra cima, simbolizando ódio. TODO MUNDO JUNTO! O formigueiro ficou em cima de Cláudio e do mic... Sinistro! Mais alguns sons vieram, e Cláudio disse que já tava bem tarde e que o som ia parar ali, dae a galera (detalhe: retada.) pediu mais uma. Naquele clima de vai e não vai, soltaram “Idiota” do Bosta Rala. E aí madeira no mosh! Oh Yeah! Termina essa e eles largam mais uma, que eu não sei se era cover ou era deles. Apenas não conhecia. Eu sei que geral tava cantando algo assim: “Desequilíbrio! Desequilíbrio!” [Nota do editor: Creio que a música citada seja “Desequlíbrio” da banda punk paulistana Os Inocentes]. Nesse som quem mais participou foram ‘las mujeres’! Cynthia com um mic e Leila com o outro, largando o doce. Demais, demais. Esse ae foi o último som. Mais uma vez Cláudio agradeceu a galera e falou do coletivo Exclusos, e que todos nós faríamos parte e talz. Daí pediu para que a galera ficasse para o bate-papo que iria rolar depois da mostra do doc “Squat Korrcell” de Santa Catarina. O clima no final desse som aqui foi o mais completo: SATISFAÇÃO, UNIÃO, ATITUDE e REALIZAÇÃO! Dava pra ver de longe a felicidade em que Cláudio se encontrava. Não era pra menos, né, cumpade?

Às 23:15, mais ou menos, a galera começou a se retirar da área onde tava rolando o som e começou a se espalhar lá por dentro do Jebe-Jebe. Comendo, bebendo e talz. Na sala onde estava o Data Show, rodaram um doc (que não me lembro o nome) enquanto a galera se ajeitava por lá. Um tempinho depois Debie (da Mácula) veio com o disco do doc Squat Korrcell pra rodar. Colocou, pediu silêncio e aí Caleb apresentou o doc: “Galera esse vídeo que a gente vai mostrar aqui, fala sobre um espaço abandonado que a galera lá em Blumenau/SC ocupou e mostra as conquistas e as dificuldades diversas que eles andam passando por lá, sendo elas: ataques de grupos neonazistas e ociosidade por parte de alguns dos okupas, entre outras. A gente vai rodar o vídeo, quem tiver algo a perguntar é só falar que a gente pausa e comenta.” E foi isso aí mesmo. Infelizmente não tinha tanta gente sacando o doc porque boa parte da galera era de outras cidades, e aí foi dando o horário de ir embora e eles foram saindo. Mas quem ficou participou geral! Bate-papo super construtivo! Perguntaram muito e teve até um momento que Caleb pediu pra gente ver logo o vídeo, pra depois comentar, porque tava demais, hahaha! Mais ou menos uma hora e meia de conversa foi no que o vídeo resultou e aí depois, clima de despedida; galera se abraçando; agradecendo; resenhando o som! E assim chega ao fim esse eventasso de nome Contra Cultura, que vai ficar em minha cabeça, e na cabeça de muita gente, por vários anos!

Quero pedir desculpas a galera toda, que segue o blog ToamanacaraHC já há um tempo, pelo texto cheio parênteses, aspas, repetição de palavras, palavras inventadas, palavrões, acentuação e pontuação totalmente fudidas, ‘KKKs’, ‘HAHAHAs’ e ‘HEHEHEs’ alheios... Enfim. Foi mal pela gramática furada, mas quem sabe isso ae num vira um novo estilo de resenha? Hehehe (de novo, ó pai)! Grande abraço a todos e que mais eventos como este aconteçam em nossa região!

Resenha tirada do blog: TOMANACARAHC

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