quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011
[EGITO] Apesar dos ataques, os manifestantes resistem!
Após a grande manifestação de terça-feira (01/02), que mesmo com o bloqueio de meios de comunicação e do acesso ao local reuniu pacificamente milhares de pessoas, a situação no Egito foi se tornando cada vez mais tensa com o surgimento de grupos "pró-Mubarak" atacando os manifestantes. Contando com a conivencia do exercito e armados com facas, paus, pedras e muitas vezes utilizando armas de fogo, coqueteis molotov e ácido, esses grupos foram conseguindo algumas posições, cercando os manifestantes e chegando inclusive a ameaçar o controle da praça Tahrir, principal local de concentração dos manifestantes no Cairo. Mas passadas algumas horas, após a surpresa dos ataques, os manifestantes conseguiram se organizar para reagir e conseguiram empurrar os apoiadores do regime para mais longe conseguindo prender alguns deles, descobriu-se, como no caso dos saques contra a população, que se tratavam de policiais. Também foram vistos veículos da polícia levando homens para o local onde se concentravam apoiadores do regime e alguns deles estão utilizando armas de controle de multidão. O que confirma ser a nova estratégia para enfraquecer os protestos, já que uma grande marcha para o palácio presidencial foi marcada para hoje (04/02).
Os últimos dois dias foram bem difíceis para os manifestantes. Varias ruas se tornaram campos de batalha. Cavalos e camelos, além de veículos, foram utilizados contra a multidão pelos capangas de Mubarak que estão cercando os manifestantes e agredindo jornalistas, fotógrafos e ativistas de direitos humanos, e por vezes impedindo ambulancias de chegar aos feridos. No final da tarde de quinta, atiradores de cima do Hotel Hilton Ramsis - que hospeda os jornalistas que foram interrogados em seus quartos - atiraram nos manifestantes matando duas pessoas. De acordo com o Ministério da Saúde egípcio, esses confrontos já deixaram 13 mortos e 1.200 feridos entre quarta e quinta-feira.
Mubarak parece se sustentar apenas porque as potencias ocidentais hesitam em deslegitimá-lo, temendo que alguém pouco dócil aos seus ditames acabe assumindo o poder.
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